Na última terça-feira, 29, na entrada principal do Campus ‘San Joaquín’ da Pontifícia Universidade Católica (UC) do Chile, em Santiago, um grupo de desconhecidos profanou uma cruz, ao colocar nela a imagem de uma mulher abortando.

Sobre a cruz – usada na Via Sacra realizada na Sexta-feira Santa – colocaram uma imagem de uma mulher nua crucificada, com sangue em seus órgãos genitais, com um boneco que simulava um bebê no ventre e, em seus pés, o logotipo de ‘Siempre por La Vida’ (Sempre pela Vida), projeto da Fundação ‘ChileSiempre’, que reúne jovens para defender os não nascidos.

O Vice-reitor da Universidade Católica, Pe. Cristián Roncagliolo, disse que “profanar uma Cruz é um ato que violenta a fé das pessoas e por isso é uma situação que lamentamos profundamente, é triste e demonstra uma experiência de intolerância religiosa”.

(ADVERTÊNCIA: A imagem pode ferir a sensibilidade do leitor)

“A cruz não é um lugar para discutir a ideologia”, disse o sacerdote ao jornal ‘El Democrata’.

Até o momento não identificaram os responsáveis desta profanação. A imagem causou indignação na comunidade universitária e alguns grupos pediram o pronunciamento da Federação de Estudantes (FEUC) que ainda não o fizeram.

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Lei do aborto

O presidente de ‘ChileSiempre’, José Francisco Lagos conversou com o Grupo ACI e expressou que esta profanação ocorreu durante o debate do aborto com uma “especial violência” e “intolerância” quando “supostamente procuramos um espaço de construção e diversidade e aqui simplesmente esquecem dos argumentos”.

“Com estes lamentáveis acontecimentos – disse –, faltam ao respeito com o adversário mais do que debatem o tema em questão. Isto é muito mais grave do que os insultos pelas redes sociais, porque estão insultando abertamente as pessoas que têm fé, sobretudo na Universidade Católica, algo que me parece mais grave”.

Por sua parte, a porta-voz de Juventudes Comunistas da UC, Fernanda Pérez, disse ao Democrata que estes tipos de acontecimentos somente “ridicularizam a postura do outro e não é o melhor caminho para chegar a uma postura comum” e propôs a FEUC criar espaço um para debater este tema.

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