Hillary Clinton, pré-candidata presidencial do Partido Democrata dos Estados Unidos e ex-secretária de Estado de Barack Obama, evidenciou recentemente sua extrema postura a favor do aborto, assegurando que o não nascido não tem direitos constitucionais. Há alguns meses, a multinacional abortista Planned Parenthood divulgou seu apoio a Clinton nestas eleições.

Entrevistada no dia 3 de abril no programa ‘Meet the Press’ da rede NBC, a pré-candidata presidencial foi consultada se a criança no ventre tem direitos constitucionais.

“Bom, sob nossas leis atualmente isso não é algo que exista”, disse. Ela reiterou que “o não nascido não tem direitos constitucionais”.

Para Mallory Quigley, diretora de comunicações da plataforma pró-vida americana Susan B. Anthony List, Clinton “está mostrando publicamente ao lobby do aborto que ela respalda o aborto e não apoia nenhuma restrição”.

“É uma grande contradição dizer que os não nascidos são pessoas, reconhecê-los ao chamá-los pessoas, mas insistir em que não têm direitos constitucionais”, disse Quigley ao Grupo ACI.

“Se reconhece que o bebê é uma pessoa, então é obvio que deveria ter direitos constitucionais”, disse.

Segundo Quigley, a postura de Clinton em relação ao aborto “se tornou crescentemente radical” ao longo dos anos. Isto, explicou, demonstra o que aconteceu no Partido Democrata durante os últimos anos.

“Os Clinton – em referência a Hillary e seu esposo, o ex-presidente Bill Clinton – foram famosos por normalizar o mantra de ‘seguro, legal e escasso’, mas com o passar do tempo o Partido Democrata se tornou mais extremo, tirando a palavra ‘escasso’ da plataforma do Partido e inserindo ‘sem importar a capacidade de pagamento’, o que, obviamente, significa pago à custa dos contribuintes”, assinalou.

Em seguida, Quigley recordou que tanto Clinton como seu adversário no Partido Democrata, Bernie Sanders, promoveram em sua campanha o “aborto e sem nenhuma desculpa”.

“Os Democratas, por muito tempo, perceberam que muitos contribuintes não podem suportar a ideia do financiamento federal para o aborto sem limites, mas (a posição de Hillary Clinton) é cada vez mais extrema em uma época em que é muito claro que há áreas de consenso quando se trata do aborto”.

Diversas pesquisas indicam que há um grande consenso sobre restringir o aborto irrestrito depois das 20 semanas, momento no qual os cientistas geralmente estão de acordo que um não nascido pode sentir dor no ventre.

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Kristen Day, diretora executiva de Democrats for Life (Democratas pela Vida), assinalou que devido a muitos eleitores americanos favorecem restrições ao aborto depois das 20 semanas, a opinião mais extrema de Clinton parece desconectada da realidade com o povo americano.

Clinton, lamentou, “se envolveu com essas pessoas que lhe estão dizendo que todos apoiam o aborto, mas se trata de uma opinião minoritária, não é o que o resto do país acredita”.

“Se olhamos ao redor, todos estes estados estão aprovando leis de proibição nas 20 semanas e eliminando financiamento para a Planned Parenthood”, disse Day.

Vinte estados limitam o aborto depois da viabilidade fetal e 23 estados têm algumas formas de limitação ao aborto depois das 20 semanas de gestação. Em setembro de 2015, o Senado bloqueou um projeto de lei do Partido Republicano que buscava proibir o aborto depois das 20 semanas em todos os Estados Unidos.

Mallory Quigley indicou que havia sido a pressão da multinacional abortista Planned Parenthood o que teria levado Clinton a abraçar uma postura mais extrema. Pela primeira vez em seus 100 anos de existência, Planned Parenthood anunciou seu apoio a uma candidatura – de Hillary Clinton – durante as primárias, em vez de esperar a eleição geral.

“Já havíamos dito e o diremos novamente: Hillary Clinton é a mais aberta partidária da Planned Parenthood entre todos os candidatos presidenciais”, explicou a organização abortista ao anunciar seu apoio à candidata democrata em janeiro deste ano.

Outros grupos promotores do aborto como NARAL Pro-Choice America PAC também apoiaram a campanha de Clinton. O Grupo ACI tentou entrar em contato com a Planned Parenthood e NARAL Pro-Choice America a fim de conseguir suas declarações, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.

“Certamente, são um dos importantes aliados de Hillary Clinton, por isso, enquanto eles se tornaram mais e mais intransigentes, sem permitir nenhuma concessão sobre o aborto, os políticos foram obrigados a fazer o mesmo, porque há muito dinheiro que vem com essas garantias, dinheiro e poder”, disse Quigley.

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