MADRI, 12 de abr de 2016 às 15:00
O grupo jihadista Estado Islâmico teria assassinado 21 cristãos na localidade síria de Al Qaryatain, recuperada esta semana pelas forças governamentais após cair nas mãos dos extremistas em agosto de 2015.
O patriarca da Igreja Ortodoxa Síria, Ignacio Aphrem II Karim, afirmou em declarações concedidas à rede de televisão britânica BBC e recolhidas pela Europa Press que entre as vítimas figuram ao menos três mulheres.
Assim, detalhou que alguns deles morreram quando tentavam escapar das mãos do grupo, enquanto os demais foram assassinados por não cumprir o ‘contrato de dhimma‘, um conceito do Direito Islâmico.
A dhimma contempla que judeus, cristãos e membros de outras religiões monoteístas podem viver sob a proteção de um governador muçulmano em troca do pagamento de maiores impostos e outras condições especiais.
O patriarca da Igreja Ortodoxa Síria sublinhou que, face aos assassinatos, seu objetivo segue sendo recuperar a harmonia entre as religiões. “Vivemos esta situação durante séculos, aprendemos a nos respeitar e a viver juntos”, apontou. “Podemos viver juntos de novo, se nos deixam”, completou.
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Al Qaryatain se localiza cerca de cem quilômetros ao oeste da Palmira, ficou virtualmente devastada por causa dos enfrentamentos e, entre os edifícios em ruínas, está um mosteiro católico de 1.500 anos.
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— ACI Digital (@acidigital) 24 de março de 2016