MADRI, 13 de abr de 2016 às 13:00
Os ataques laicistas se multiplicam a cada dia na Espanha e cada vez mais comunidades autônomas os sofrem. O partido ‘Podemos’ é um dos principais impulsionadores de todas as iniciativas contra a religião católica, embora não sejam os únicos. Há ainda a esquerda, associações contra os católicos e inclusive cidadãos que nada têm que ver com as partidas.
Se for analisar os últimos seis meses, encontram-se diferentes assaltos e ofensivas a igrejas, desprezos aos católicos e suas tradições… mas todas elas têm um fim comum: que a Igreja Católica deixe de estar presente na vida pública da Espanha.
A seguir, alguns dos casos mais conhecidos de ataques laicistas:
Semana Santa de Ferrol
O prefeito do Partido ‘Podemos’, Jorge Suárez, decidiu reduzir os subsídios municipais e a grande afetada destes recortes foi a Semana Santa. O prefeito pretendia reduzir o valor das procissões e acabar com uma celebração histórica, declarada de Interesse Turístico Internacional.
Fechamento de capelas universitárias em Oviedo
Por um lado, a capital asturiana viu como a associação ‘Europa Laica’ (Europa Leiga) pediu o fechamento de capelas em universidades públicas. Além disso, Pedro Sánchez em seu programa pretendia retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos, entre elas estava Cruz da Vitória da bandeira asturiana.
Exposição sacrílega em Pamplona
A Prefeitura permitiu a exposição sacrílega de Abel Azcona, uma montagem realizada com mais de 200 hóstias consagradas roubadas durante as Missas, com as quais o “artista” formou a palavra pederastia.
Tentativa de expropriação da Catedral de Jaca
Foi uma nova tentativa de expropriar a Catedral de Jaca e que recorda a ofensiva feita pela esquerda para realizar o mesmo com a mesquita-catedral de Córdoba há um ano. A campanha procurava a expropriação e que a Catedral deixasse de estar nas mãos da Igreja.
Foi uma iniciativa de Pablo Echenique, presidente de ‘Podemos Aragón’, e do Movimento para um Estado Leigo, associação aragonesa que persegue a devolução do patrimônio artístico/cultural eclesiástico ao povo e a lei de eutanásia, entre outros fins.
Pichações em uma Igreja em Lérida
“Pretendemos atacar aberta e diretamente a direita ultracatólica e a ofensiva conservadora”, afirmou a organização Arran, pertencente às juventudes da CUP, em um comunicado no qual reivindicam a autoria das pichações nas paredes da fachada da igreja. A organização Arran promove a luta feminista e a desobediência.
Proibição de uma procissão em Palafolls e Hospitalet
Uma multidão decidiu apoiar os legionários enquanto escoltava um Cristo crucificado nas cidades catalãs. A prefeita havia proibido a procissão pela presença de legionários na comitiva, mas as procissões se converteram em um ato pela liberdade religiosa.
“Pai Nosso blasfemo” em Barcelona
O Pai Nosso blasfemo que a poetisa Dolors Miquel leu ao receber o prêmio Ciutat de Barcelona no último dia 15 de fevereiro chegou aos tribunais. Mas não é o único ataque que receberam os cristãos na cidade catalã.
Ada Colau pretendia expropriar e derrubar a Igreja da Santa María de Gracia, pois considerava que o templo estava inutilizado.
Zombaram dos cristãos de Nules
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O humorista Xavi Castilla foi contratado para atuar no município de Nules com um monólogo humorístico, organizado pela companhia Pot de Plom. Entretanto, os vizinhos reclamaram que “o próprio pôster anunciador é uma provocação e Xavi Castilla já demostrou várias vezes que costuma zombar dos católicos, como parte importante de sua ironia e de seu humor”.
Insultaram a Igreja em Palma
Um estudante decidiu apresentar como trabalho para a disciplina de desenho um videoclipe através do qual não somente insultava a Igreja Católica, mas também fazia comentários ofensivos contra os cristãos. A professora, ao invés de frear o ataque laicista, decidiu premiar o jovem com uma qualificação excelente.
Fechamento de capelas nos cemitérios de Valência
O município de Valência, governado pelos esquerdistas de ‘Compromís’, fez várias proibições nos cemitérios da cidade. Por um lado, querem mudar os nomes das capelas pelo nome de “salas de cerimônia”. Além disso, querem retirar os crucifixos dos locais públicos e ocultar as imagens da Virgem dos Desamparados (padroeira de Valência), assim como os vitrais da Mãe de Deus.
Sem presença institucional na Semana Santa de Murcia
O município de Murcia chegou a debater uma moção apresentada por ‘Cambiemos Murcia’ para que nesta Semana Santa não existisse “simbologia religiosa nos locais públicos que dependam do município”.
Ataques contra a liberdade religiosa em Ursina e Sevilha
O Guarda Civil de Ursina prendeu duas mulheres por supostamente cometer um delito contra o patrimônio histórico e outro contra a liberdade religiosa depois dos danos causados à imagem de Jesus Nazareno de Ursina. Uma das presas subiu em uma mesa situada junto ao altar e, com um objeto de pequenas dimensões, destruiu o rosto da imagem e fugiu.
Por outro lado, a cidade sevilhana enfrentou uma iniciativa promovida pelo IU-CA e apoiada por ‘Podemos’ a fim de separar “plenamente” a instituição municipal da religião. Além disso, teve que imputar por um delito contra os sentimentos religiosos três mulheres que participaram de uma procissão blasfema.
Os hospitais em Castilla La Mancha sem capelães
O socialista Emiliano García-Page decidiu impor o laicismo em Castilla La Mancha. Primeiro fez um acordo com ‘Podemos’, partido com o qual governa, para reduzir o financiamento da educação concertada (centros de natureza privada, mas subvencionados pelo governo), e agora aprovou uma Proposição a fim de eliminar os capelães dos hospitais. Esta medida afetaria os 19 hospitais e deixaria sem assistência espiritual milhares de doentes católicos.
Madri, a capital do laicismo
O vereador de ‘Ahora Madri’, Guillermo Zapata, decidiu trocar o nome das festas de um bairro madrileno. Por isso, já não são chamadas festas da Virgem do Pilar, mas festas do bairro do Pilar.
Rita Maestre, porta-voz do município de Madri, invadiu a capela da Universidade Complutense, em 2011, e agora se agarra ao cargo, apesar de ter sido multada e condenada como autora de um delito contra os sentimentos religiosos.
E a prefeita Manuela Carmena também realizou ataques laicistas. Decidiu retirar os presépios da capital e substituiu a tradicional Cavalgata de Reis, além de patrocinar uma apresentação de bonecos que zombavam da religião católica, nos quais batiam nas religiosas.
Confira também:
Massiva manifestação para fechar mostra de arte profana em Pamplona, Espanha https://t.co/nKnbKQLO38
— ACI Digital (@acidigital) 27 de novembro de 2015