A psiquiatra Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas – parte dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos –, advertiu que o consumo de maconha diminui o coeficiente intelectual, especialmente quando seu consumo começa na adolescência.

“O uso da maconha durante a adolescência, particularmente se o uso for contínuo, está associado a uma diminuição significativa dos coeficientes de inteligência”, assegurou em um evento sobre os perigos desta droga, organizado no final do mês de março em Barcelona (Espanha) com o patrocínio científico da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC).

Ao comunicar-se com o Grupo ACI, José Maria Simón Castellví, ex-presidente da FIAMC, destacou a importância das investigações expostas pela Dra. Nora Volkow, e advertiu ainda que “quem consome esta droga habitualmente durante a adolescência e a juventude conseguem piores empregos”.

“Isto é um dado científico, não ideológico”, sublinhou.

Durante sua exposição, Volkow sublinhou que existe “um efeito causal negativo do consumo da maconha durante a adolescência na capacidade cognitiva do adulto”.

Legalização aumenta o consumo de maconha

A psiquiatra americana assinalou que nas regiões dos Estados Unidos onde foi permitido o uso recreativo da maconha “houve um aumento no consumo”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

No estado do Colorado, por exemplo, “vemos que as consequências adversas do uso de maconha nos adolescentes – uma delas é que os tiram da escola – são significativamente maiores do que naqueles estados nos quais não foi aprovado o uso da maconha como droga recreativa”.

“Estas mudanças de leis repercutem diretamente no consumo de maconha nos adolescentes, nos quais os efeitos negativos vão ser mais severos”, assinalou a perita.

Em sua conferência, Volkow reiterou que “quanto mais jovem começam, mais adversas são as consequências da maconha”, pois esta interfere nas conexões “de áreas muito importantes” do cérebro, que afetam tanto a memória, a aprendizagem e o processo de consciência.

Confira também: