Campinas, 20 de abr de 2016 às 21:00
Após um atropelamento que resultou na morte de um homem, o padre que dirigia o veículo deverá receber medidas corretivas de sua congregação, além de ser julgado e ter a devida pena pelo ocorrido.
O fato aconteceu na noite de domingo, 17, na Rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101), em Monte Mor (SP). O sacerdote pertencente à Congregação dos Missionários Xaverianos, cujo nome não foi divulgado pela polícia, atingiu Alexsandro Rodrigues, que atravessava a rodovia a 100 metros da passarela.
Entretanto, o padre não parou para prestar socorro à vítima e, segundo reportagem do canal EPTV, pediu ajuda cerca de 12 quilômetros depois em uma Praça de Pedágio.
“Chegando ao local, verificamos o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o resgate da concessionária, já fazendo o procedimento de animação, uma vez que posteriormente foi constatado o óbito pelo médico do Samu”, declarou o Soldado Cléber Batiotto, da Polícia Rodoviária, ao telejornal Bom Dia Cidade.
Em seguida, o sacerdote foi encaminhado para a delegacia onde fez o teste do bafômetro, o qual constatou 0,36mg de álcool por litro de ar expelido, sendo que acima de 0,34 mg/L já é considerado crime de trânsito.
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Segundo à Polícia Rodoviária, o padre informou que celebrou muitas Missas durante o domingo, nas quais consumiu vinho. Após prestar depoimentos, ele pagou a fiança de R$5 mil e foi liberado.
De acordo com o portal de notícias G1, o padre atendia ao pedido de outro sacerdote amigo, para celebrar Missas na Paróquia Nossa senhora do Patrocínio, em Monte Mor, que pertence à Arquidiocese de Campinas (SP).
O Vigário geral da Arquidiocese, Monsenhor Rafael Capelato, ressaltou ao portal de notícias que, “numa fatalidade dessas, um padre está sujeito aos procedimentos que caberiam a qualquer pessoa”.
Segundo ele, “algumas medidas corretivas vão ser tomadas pelo superior da congregação, independentemente da investigação policial”.
Já o superior regional dos Missionários Xaverianos de São Paulo, Domenico Borrotti, informou ao G1 que, sendo comprovada a culpa do sacerdote, “ele vai assumir”.