WASHINGTON DC, 12 de mai de 2005 às 12:29
A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) lançou uma campanha que procura reformar as políticas de imigração no país. Em conferência de imprensa em Washington D.C., o Arcebispo local, Card. Theodore McCarrick, explicou que a campanha “Justiça para os imigrantes: uma viagem de Esperança” tem como meta “apoiar às famílias dos imigrantes para que suas famílias se mantenham unidas e que os direitos humanos (de todos) sejam respeitados”.
O Purpurado anotou que a USCCB está preocupada pela alarmante tendência de ver aos imigrantes, como uma ameaça à nação e não como um benefício. “O fervor anti-imigrante na rádio e na televisão, as tentativas por radicalizar as leis de imigração e a aprovação de leis restritivas para imigrantes são evidência clara do ambiente negativo no qual estamos vivendo”.
O Cardeal McCarrick afirmou que com esta campanha se procura fazer ouvir a voz da Igreja no debate público e asseverou que “somos e deveríamos seguir sendo-o, uma nação de imigrantes”.
As metas da campanha incluem educar aos católicos e a toda a sociedade quanto aos benefícios que a imigração contribui à nação, fortalecer a opinião pública sobre estas contribuições, advogar pela aprovação de leis de imigração justas e criar vias legais para os imigrantes trabalhadores e suas famílias, assim como organizar aos católicos para brindar serviços legais que permitam aos imigrantes acessar às esperadas reformas.
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Embora as atitudes xenofóbicas se intensificaram logo do atentado de 11 de setembro, o Cardeal destacou que “não devemos cair na tentação de culpar pelo atentado a todos os imigrantes que chegam ao país e que contribuem com seus dons –doados por Deus– em nossas comunidades. Eles não são culpáveis dos atentados”.
“Parece-me –continuou o Cardeal– e acredito que outros bispos coincidem nisso, que o país pode cuidar da segurança nacional sem necessidade de fechar as portas aos oprimidos”.
Finalmente, o Cardeal manifestou que a Igreja Católica tem um papel fundamental neste debate já que “sem importar a raça, herança ou nação, todos somos parte da grande família de Deus”.