O terremoto que no dia 16 de abril atingiu o Equador é considerado o maior desastre regional desde 2010, com mais de 650 mortos, 4.605 feridos e cerca de cem desaparecidos. Diante de acontecimentos assim, o Vaticano se mobiliza rapidamente para prestar socorro às vítimas através do Pontifício Conselho Cor Unum, encarregado de realizar obras de caridade em nome do Papa.

Dom Segundo Tejado Muñoz, Subsecretário do Dicastério, explicou ao Grupo ACI que no caso do Equador, foram enviados “100.000 dólares ao Núncio Apostólico, para que os distribua entre as dioceses mais afetadas, para uma primeira ajuda do Santo Padre”. “Isto o fazemos do Cor Unum com cada emergência que se produz, como este terremoto”, recordou.

Dom Tejado indicou que estes recursos são produto de doações para que o Santo Padre exerça seu primado de caridade, e são canalizados sempre “através da Nunciatura Apostólica e das dioceses”.

Não obstante, assegura que “Cor Unum não é uma agência como por exemplo Cáritas, e não possuímos infraestrutura para fazer envios de materiais. Isto o fazem as agências de ajuda e emergência que, graças a Deus, são muitas e já estão no Equador trabalhando”.

Dom Tejado afirmou que “o Santo Padre sabe que Cor Unum, depois de uma emergência, ajuda em seu nome imediatamente as populações afetadas”. “Algumas vezes podemos falar com o Papa da situação e ele nos dá indicações, outras nos movemos rapidamente e fazemos saber ao Papa as ações que tomamos. Depende de cada situação”, assinalou.

Quando levam ajuda a algum lugar, assegurou que “é sobretudo o gesto do Papa o que comove as pessoas, porque a quantidade é simbólica”. “Não são quantidades que resolvem os problemas, mas sim são um sinal da proximidade do Papa às populações que sofrem”.

Do mesmo modo, explicou que, “em um segundo momento, fruto das ofertas recebidas, realizamos, sempre em nome do Papa, um projeto de reconstrução: assim temos feito no Haiti, onde fizemos uma escola; nas Filipinas, onde, depois do Tufão, construímos um centro para órfãos e idosos, etc.”.

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Entretanto, Dom Tejado garantiu que “a ação da Igreja não por aí” porque “caso aconteça mais uma catástrofe deste tipo, movem-se todas as agências de emergência que a Igreja tem: este exército de voluntários, profissionais e de recursos é o que constitui a verdadeira ajuda que a Igreja oferece, porque são os fiéis das igrejas que contribuem para realizar projetos nos países afetados”.

O Subsecretário do Cor Unum também conta que além da ajuda material “podemos mandar o calor do Papa para os que sofrem, através de nossas ações”.

Finalmente, sobre a situação do país sul-americano, Dom Tejado indicou que “estamos já preparando uma viagem ao Equador para levar esta proximidade de toda a Igreja, especialmente do Papa, a estas populações”.

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