Na terça-feira, 26 de abril, 4 sujeitos armados ingressaram na Paróquia do Senhor da Clemência, em Irapuato, estado mexicano do Guanajuato, ataram o sacerdote que estava na sacristia e roubaram 7 mil pesos, 400 dólares aproximadamente.

A polícia, assinalam as mídias locais, deteve um jovem de 27 anos identificado como Iván Ochoa, que seria um dos autores do roubo.

Sobre o assalto, o Bispo do Irapuato, Dom José de Jesús Martínez Zepeda, afirmou que “é uma dolorosa ofensa a toda a comunidade”.

Em declarações recolhidas pelo jornal ‘O Sol do Irapuato’, o Prelado expressou sua dor pela forma como os assaltantes humilharam “um de nossos sacerdotes” e considerou que o assalto é resultado do “comércio de armas que segue florescente porque, segundo me disse (o sacerdote assaltado), todos estavam com pistolas”.

O Bispo também indicou que, devido a este incidente, emitirá uma série de recomendações de segurança para todos os templos, paróquias, reitorias e capelas da diocese do Irapuato.

“Alertas nós temos há muito tempo. A delinquência chegou cada vez em maiores ondas a nossa cidade e segue”, denunciou Dom Martínez.

Aos cidadãos, concluiu, assaltam-nos em suas casas, na rua e, neste caso, “o clesma já não é um sinal de respeito ou que detenha os delinquentes”.

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O assalto ocorreu apenas alguns dias depois que o Bispo anunciou que enviará alguns sacerdotes à cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, para que ali sirvam à comunidade hispânica.

“Nos Estados Unidos, pediram-nos o apoio para os hispânicos, porque há dioceses nas quais ninguém fala espanhola e os hispânicos têm necessidade de que alguém com sua sensibilidade os apoie”, disse então o Prelado.

Em 2015, no México, três sacerdotes foram assassinados, com o que somaram 50 as pessoas vinculadas à Igreja que perderam a vida nos últimos 25 anos, conforme informou a Unidade de Investigação do Centro Católico Multimedial (CCM).

Os dados analisados nesse período assinalam o estado de Guerrero e ao Distrito Federal como as entidades mais perigosas para o exercício ministerial, com 15% cada uma.

Em seguida, vem Chihuahua e Michoacán, com 9% cada um; Veracruz, 8%;  Baja California, Tamaulipas e Puebla, com 6% cada um; Oaxaca, Jalisco, Estado do México, com 4% cada um; Coahuila, Hidalgo, Aguascalientes, Guanajuato, Sinaloa, Durango e Colima com 2%.

Os dados “assinalam lamentavelmente a República Mexicana como o país latino-americano mais perigoso para exercer o ministério sacerdotal”, indicou o Sistema Informativo da Arquidiocese do México em janeiro deste ano.

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