O Papa Francisco exortou no domingo, 1º de maio, às partes implicadas na guerra na Síria a “respeitar o cessar das hostilidades”, sobretudo na cidade de Alepo, onde os bombardeios das forças do presidente Bashar Al Asad estão afetando a vida de inocentes, como os 50 mortos do ataque a um hospital localizado na zona controlada por rebeldes e grupos islamistas.

“Recebo com profundo pesar as notícias dramáticas provenientes da Síria, sobre a espiral de violência que continua piorando a desesperada situação humanitária do país, sobretudo na cidade de Alepo, e ceifando vítimas inocentes, até mesmo entre as crianças, os doentes e aqueles que, com grande sacrifício, estão comprometidos em prestar ajuda ao próximo”, denunciou o Papa depois da oração do Regina Coeli.

Por isso, “exorto todas as partes envolvidas no conflito a respeitar o cessar das hostilidades e a reforçar o diálogo em andamento, único caminho que conduz à paz.”.

Em 26 de fevereiro, foi declarado um cessar fogo sob auspício da ONU, EUA e Rússia. Entretanto, nas últimas semanas as forças leais a Asad incrementaram seus ataques sobre o Alepo, os quais são respondidos pelos grupos rebeldes.

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Entretanto, os bombardeios incluem áreas residenciais. O mais trágico foi registrado na noite da quarta-feira, quando aviões do regime atacaram um hospital na parte oriental da cidade, matando 50 pessoas, entre elas três crianças e o último pediatra que havia.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos – com sede em Londres –, os bombardeios aéreos a Alepo se iniciaram em 22 de abril. Desde então, morreram cerca de 250 civis, vítimas dos enfrentamentos entre rebeldes e forças governamentais.

Foi informado ainda que no sábado dezenas de pessoas buscavam abandonar a cidade.

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