Em uma audiência com a organização italiana “Médicos com a África CUAMM” (Colégio Universitário de Aspirantes e Médicos Missionários), no sábado, 7, o Papa Francisco recordou que a saúde é um “direito humano fundamental de todos” e advertiu de que “não é um bem de consumo, mas um direito universal, por isso, o acesso aos serviços de saúde não pode ser um privilégio”.

O Pontífice começou seu discursou na Sala Paulo VI do Vaticano agradecendo seu trabalho e escutando alguns testemunhos. Cerca de 9.000 pessoas entre médicos, equipes de saúde e voluntários participaram deste evento.

Francisco lamentou que “a saúde, sobretudo a de base, é negada de fato em diversas partes do mundo e em muitas regiões africanas”, e recordou que a Igreja é uma mãe, um hospital de campanha que vai às “periferias geográficas, onde o Senhor as envia para ser bons samaritanos”.

“‘Esta é sua ‘porta Santa’! Vocês trabalham entre os mais frágeis da população: as mães, para lhes assegurar um parto seguro e digno, e às crianças, de maneira especial os recém-nascidos”, disse aos presentes.

“Eu os animo a permanecer em meio desta humanidade que está ferida e que sofre! É Jesus! Sua obra de misericórdia é o cuidado dos doentes, segundo o convite evangélico: ‘Curem os doentes’. Que vocês possam ser expressão da Igreja mãe, que se inclina ante os mais frágeis e os cuida!”, pediu.

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Por sua vez, o Papa os convidou a ser “médicos ‘com’ a África e não ‘para’ a África, ou seja, são chamados a envolver os africanos no processo de crescimento, pois os povos são os primeiros artífices de seu desenvolvimento, seus primeiros responsáveis!”.

“Com gratuidade desinteressada, sem proselitismos exorto-os a manter esta particular abordagem junto às comunidades, ajudando-as a crescer e deixando-as quando forem capazes de prosseguir autonomamente, em uma perspectiva de desenvolvimento e sustentabilidade”, pediu aos médicos.

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