Buenos Aires, 10 de mai de 2016 às 10:30
Na madrugada da sexta-feira, 6 de maio, um grupo de desconhecidos profanou o sacrário e roubou diversos objetos litúrgicos de valor na Capela Medalha Milagrosa, localizada na localidade González Catán, na província de Buenos Aires, Argentina.
Para ingressar no interior da capela, os sujeitos cortaram as proteções de uma das janelas e arrancaram o sacrário para pegar os dois cálices sagrados que tinham as hóstias consagradas, que deixaram jogadas no chão.
Também foram levadas uma custódia, um cálice, um sino de bronze e equipamentos de som. O fato foi descoberto na manhã da mesma sexta-feira pela sacristã do templo que avisou imediatamente o sacerdote a cargo da capela, Pe. Jorge Sánchez.
Logo após quantificar o dano e ver as hóstias no chão, o sacerdote deduziu que “não foi um ato de profanação em si mesmo, em uma busca do Santíssimo, porque teriam levado tudo se essa fosse a intenção”.
A versão foi compartilhada por Dom Gabriel Barba, Bispo da Diocese Gregorio de Laferrere, onde se encontra a capela. Em diálogo com o Grupo ACI, disse que pode ser “um roubo como tantos outros que se cometeram no lugar” e enfatizou que o fato é “muito grave”, mas “de algum jeito me deixa mais tranquilo que não levaram as hóstias”.
Através de um comunicado, Dom Barba manifestou que o ocorrido igualmente gera “uma dor difícil de transmitir, que nos leva a rezar por aqueles que fizeram este ato sacrílego, desejando que tomem consciência da gravidade de desprezar a presença do Jesus na Eucaristia”.
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“Esta violência nos faz parte comum de centenas de histórias que padece tanta gente e que, sem dúvida, são consequência de um vandalismo alimentado pela droga e a marginalidade. E de quantos sacrilégios também se vivem no desprezo e sofrimento de tantos seres humanos a quem não se respeita em sua dignidade e que neles também Cristo é profanado”, expressou Dom Barba no texto.
Por sua vez, o Pe. Jorge Sánchez explicou ao Grupo ACI que o templo onde aconteceu o roubo pertence à Paróquia São José e está localizado em uma “região insegura” do “cordão urbano de Buenos Aires, muito populoso” e “muito metido na droga”, onde recentemente também roubaram e incendiaram um jardim infantil.
No domingo, 8 de maio, foi celebrada um Missa de desagravo, para “rezar pela conversão desta gente, para que se deem conta da barbaridade que cometeram”.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de abril de 2016