Um pastor protestante chinês pertencente a uma igreja protestante com bastante atividade junto à fronteira entre a China e a Coreia do Norte foi encontrado morto em Changbai. Segundo associações de direitos humanos, há indícios de que teria sido assassinado pelo serviço secreto norte-coreano.

De acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o corpo de Han Chung-ryeol, de 49 anos, foi encontrado bastante mutilado, próximo à fronteira com a Coreia do Norte.

Diversas associações de defesa dos direitos humanos na Coreia do Sul assinalam que tudo indica que este cristão teria sido assassinado por agentes dos serviços secretos norte-coreanos, aparentemente em retaliação pela recente deserção de 13 trabalhadores de um restaurante norte-coreano em Ningbo, na China, e que pediram asilo a Seul.

A Fundação ACN indica que, de fato, existem diversas comunidades cristãs ativas nas zonas de fronteira com a Coreia do Norte que auxiliam pessoas que buscam fugir deste país.

Conforme recorda a Fundação, há vários casos de cristãos que sofrem com a perseguição e detenção por parte do governo norte-coreano. Um desses casos é o do pastor protestante canadense Kim Kuk-gi, de 60 anos, condenado a prisão perpétua “com trabalhos forçados” por “atos contra o Estado”.

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Kim é obrigado a cavar buracos em um pomar, durante cerca de oito horas por dia, não tendo acesso aos outros detentos do campo de concentração onde foi colocado. Ele é acusado de difundir propaganda religiosa em igreja clandestina.

Além disso, nas cadeias de Pyongyang estão outros cristãos, como o sul-coreano Choe Chun-il, de 55 anos, ou o missionário Kim Jeong-wook, acusado de espionagem quando procurava dar abrigo e alimentos a norte-coreanos que tentavam fugir pela fronteira com China.

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