ATLANTA, 31 de mai de 2016 às 16:30
Samuel Alexander Armas tem 16 anos e mora em Douglas County, próximo a Atlanta, no estado da Georgia (Estados Unidos). Nasceu no dia 2 de dezembro de 1999, mas nesse momento já havia alcançado fama mundial pela ”mão da esperança”, uma fotografia que se tornou ícone da defesa da vida no ventre materno.
Em 7 de setembro de 1999, o jornal americano USA Today publicou a fotografia de Samuel aparecendo fora do útero materno e sustentando a mão de seu cirurgião, o Dr. Joseph Bruner.
No momento em que a fotografia foi tirada, em 19 de agosto de 1999, o Dr. Bruner havia completado um procedimento histórico: uma intervenção cirúrgica em um bebê de apenas 21 semanas de gestação. O fotógrafo, Michael Clancy, estava fazendo a cobertura de uma comissão especial do USA Today.
Clancy recorda o momento vividamente em sua página michaelclancy.com. “Um médico me perguntou que velocidade de filme estava usando e vi o útero mover-se, mas nenhuma mão estava perto. Estava sacudindo de dentro. De repente, o bebê estirou seu braço inteiro pela abertura, logo se retirou até que somente podíamos ver uma mão do interior do útero. O doutor se aproximou e levantou a mão, que reagiu e apertou o dedo do médico”.
“Como se quisesse provar a sua força, o doutor sacudiu o pequeno punho. Samuel o segurou firme. Tirei a foto!”.
Tudo ocorreu tão rápido, recordou Michael, que uma enfermeira lhe perguntou o que havia acontecido. Ao explicar-lhe que o bebê esticou a sua pequena mão, a enfermeira indicou que os bebês “fazem isso o tempo todo”.
O Dr. Bruner tinha operado Samuel, depois que ele foi diagnosticado com espinha bífida, um mal congênito que pode levar a distintos graus de deficiência física e mental em uma pessoa.
Cerca de 16 anos depois, Samuel vai à escola na Secundária Alexander e faz parte da equipe de basquete em cadeira de rodas Atlanta Junior Wheelchair Hawks. Tem outros dois irmãos, Ethan, de 12 anos, e Zachary, de 10.
Zachary também nasceu com espinha bífida, mas não pôde ser operado pois o procedimento experimental desenvolvido pela Universidade de Vanderbilt está atualmente nas mãos dos Institutos Nacionais de Saúde, e o pequeno não foi selecionado entre os beneficiários.
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Para o jovem Samuel, Deus faz parte importante na sua vida. “Sinto que tomo decisões fortes porque sou forte em Deus”, explicou recentemente ao jornal Atlanta Journal-Constitution.
“Acredito que isso é importante ao ter uma deficiência. Percebo o quão mal poderia ter estado e sei quanto (Deus) me abençoou”, disse.
Samuel assinalou que “se não tivesse nascido com espinha bífida, não conheceria tantas pessoas que hoje conheço e não teria basquete em cadeira de rodas, o qual mudou completamente quem sou eu. Poderia pensar que a espinha bífida é uma desvantagem, mas agradeço a Deus por isso todos os dias”.
A família Armas rechaçou a possibilidade de abortar Samuel naquele momento, convertendo-se em grande defensora da vida.
Julie Armas, mãe de Samuel, destacou o impacto que causou a fotografia da mão de seu filho na defesa da vida e no rechaço ao aborto.
“Queríamos mostrar o valor da vida de nosso filho, com deficiência ou sem ela, e que faríamos algo por ele porque o valorizamos. Conseguimos o que queríamos”, disse.
Confira também:
Médicos propuseram o aborto dizendo que esta bebê não viveria. Hoje ela desafia a ciência https://t.co/17686c9Y3O
— ACI Digital (@acidigital) 11 de dezembro de 2015