RIO DE JANEIRO, 22 de jun de 2004 às 14:16
A Santa Sé deu luz verde ao processo de canonização de Dom Francisco Expedito Lopes, Bispo de Garanhuns, Pernambuco, e fundador do Instituto de Missionárias de Nossa Senhora de Fátima do Brasil, que foi assassinado em 1957 e é considerado um “mártir em defesa da moral”.
O atual Bispo da diocese, Dom Irineu Roque Scherer, explicou que “com o nihil obstat da Santa Sé para o material que envie a Roma, depois de reabrir o processo de canonização, instalei o tribunal eclesiástico para levar o caso adiante”. O postulador da causa é Dom Acácio Rodrigues Alves, Bispo Emérito de Palmares.
Dom Irineu lembrou que Dom Expedito foi Bispo de Oeiras por quase seis anos antes de chegar a Garanhuns em 1955, e afirmou que “pretendemos provrar que Dom Expedito foi um mártir em defesa da moral, pois em caso de martírio não é necessário apresentar um milagre para a beatificação, o passo prévio à canonização”.
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O Prelado foi assassinado pelo Padre Hosana de Siqueira e Silva, advertido de uma possível suspensão por uma conduta imoral.
“Dom Expedito morreu nos meus braços”, afirmou o postulador, Dom Acácio; e lembrou que o Bispo partiu para a Casa do Pai acompanhado por 11 sacerdotes na madrugada de 2 de julho de 1957 no Hospital Dom Moura.
Por sua vez, a irmã Mirtes –de 71 anos–, uma das primeiras religiosas do Instituto fundado por Dom Expedito, expressou que “a lembrança que tenho é de um homem simples e de grande devoção à Nossa Senhora”.