“Disparando contra Deus. Porque os novos ateus não atingem o alvo” é o novo livro do catedrático em Matemática da Universidade de Oxford, John Lennox, no qual defende a existência de Deus como “a base da moralidade” frente a um ateísmo onde “tudo é permitido” entre cujos defensores citou o escritor Christopher Hitchens e o cientista Richard Dawkins.

Esta última obra, conforme afirmou durante a apresentação em maio na cidade de Salamanca (Espanha), surgiu como uma resposta “à ideia de que a religião é perigosa na cultura europeia”, um conceito que se estendeu como consequência de atentados como os do dia 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.

Segundo o jornal ABC, o matemático sublinhou que a ciência e a religião “não se opõem” e também se mostrou contra a ideia estendida de que “toda religião é perigosa” pois “as pessoas que pegam as armas em nome de Cristo não seguem seu nome, mas o desobedecem”, apontou.

Nesse sentido, destacou que “o novo ateísmo ignora os rios de sangue criados pelas sociedades ateias” e recordou alguns nomes, como Stalin, Pol Pot ou Mao Tse-Tung, ditadores que tentaram impor sociedades baseadas na ausência de Deus.

“Durante vários séculos na Europa, a moralidade e a ética tiveram como base a lei de Deus, mas com o secularismo da Ilustração, essa dimensão transcendente desapareceu”, destacou e explicou que este é “o problema dos ateus” que não encontram “em que devem basear a moralidade e a ética”.

Por isso recordou a obra “Os irmãos Karamazov”, de Fiodor Dostoyevski, no qual afirma que “se Deus não existi, tudo é permitido”, por isso “há uma relação muito direta entre Deus e a moralidade”.

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Nesse sentido, o autor britânico apontou que a “mensagem central do cristianismo” é que “Jesus Cristo morreu na cruz para salvar a humanidade”, uma mensagem que segundo Lennox é “difícil de ser compreendida atualmente na Europa”, porque “o conceito de pecado desapareceu completamente”, embora ainda se mantém “o sentido de culpa”.

Destacou ainda que é primordial compreender “a mensagem da misericórdia e o perdão que explicam a morte de Deus pelos nossos pecados”.

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