Na homilia na Missa de canonização de dois novos Santos, este domingo, 5, na Praça de São Pedro o Papa Francisco recordou que a experiência do cristão passa por “não escapar da cruz, mas de permanecer ali, como fez a Virgem Mãe, que sofrendo junto ao Jesus recebeu a graça de esperar contra toda esperança”.

O Pontífice também assegurou que “Jesus não cessa de fazer brilhar a vitória da graça que dá vida”. “Ele toma consigo todos nossos pecados, apaga-os e nos devolve vivos à mesma Igreja. E isto acontece de modo especial durante este Ano Santo da Misericórdia”, disse.

A Praça de São Pedro acolheu este domingo a Missa com o rito de canonização do beato polonês Stanislaw di Gesù Maria Papczynski e da sueca Maria Elisabetta Hesselblad.

O Papa afirmou sobre eles que permaneceram “intimamente unidos à paixão de Jesus e neles se manifestou o poder de sua ressurreição”.

O tema central da homilia foi “a vitória de Deus sobre a dor e a morte”, algo que se pode observar também nas leituras da liturgia do dia.

“É o Evangelho da esperança que surge do Mistério Pascal de Cristo, que se irradia desde seu rosto, revelador de Deus Pai e consolador dos aflitos. É uma palavra que nos chama a permanecer intimamente unidos à paixão de nosso Senhor Jesus, para que se manifeste em nós o poder de sua ressurreição”.

Francisco reconheceu que “a Paixão de Cristo está a resposta de Deus ao grito angustiado e às vezes indignado que provoca em nós a experiência da dor e da morte”.

“Esta foi também a experiência do Stanislaw de Jesus Maria e Maria Isabel Hesselblad, que hoje são proclamados Santos: permaneceram intimamente unidos à paixão de Jesus e neles se manifestou o poder de sua ressurreição”.

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O Santo Padre explicou que tanto a primeira leitura como o Evangelho “apresentam dois sinais prodigiosos da ressurreição; o primeiro realizado pelo profeta Elias, o segundo por Jesus. Nos dois casos, os mortos são filhos muito jovens de mulheres viúvas que são devolvidos vivos às suas mães”.

O Santo Padre afirmou que “a ternura de Deus se revela plenamente em Jesus” e pôs de exemplo a história de São Paulo. “uma espécie de ressurreição é também a do apóstolo Paulo, que de inimigo e feroz perseguidor dos cristãos se converte em testemunha e arauto do Evangelho”, concretizou.

“Esta mudança radical não foi obra dele, mas dom da misericórdia de Deus, que o «escolheu» e o «chamou com sua graça», e quis revelar «nele» seu Filho para que o anunciasse em meio dos gentis”.

Após a missa de Canonização o Papa presidiu o Ângelus deste domingo e pediu que os fiéis rezem pela justiça e a paz no mundo. O Pontífice também saudou os milhares de peregrinos que se reuniram na Praça de São Pedro para orar com o Santo Padre.

“Todos juntos nos dirigimos agora em oração à Virgem Maria, para que nos guie sempre no caminho da santidade e nos sustente em construir dia a dia a justiça e a paz”, concluiu o Papa.

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