RIO DE JANEIRO, 10 de jun de 2016 às 14:15
Pela terceira vez em menos de dois anos, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, viu de perto a violência no Rio de Janeiro. Na manhã de hoje, ele ficou preso no trânsito em meio a um tiroteio, em Santa Teresa, no Centro da capital fluminense.
"Cardeal Tempesta sob fogo cruzado em Santa Teresa" #ArqRio
— Arquidiocese do Rio (@arqrio) 10 de junho de 2016
Foto: José Alveshttps://t.co/IknD9wTrts pic.twitter.com/vLkWmtixJ3
Os disparos aconteceram durante um confronto entre bandidos e policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos Morros Fallet/Fogueteiro. O Purpurado tinha acabado de sair do Cristo Redentor e seguia para o Aeroporto Santos Dumont, de onde iria para São Paulo. Ele precisou sair de seu carro e se abrigar ao lado do veículo para se proteger.
“(Estava) voltando do (Cristo) Redentor e indo para o aeroporto. Junto com muitos outros passageiros de ônibus e outros veículos. Ficamos uns dez minutos. Quando amainou um pouco, demos marcha a ré e pegamos outra rua. Os ônibus à frente continuaram parados. Não sei como terminou”, contou ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Dom Orani já havia passado anteriormente por situações que refletem a violência que aflige a população carioca. Em setembro de 2014, o Arcebispo também foi assaltado no bairro de Santa Teresa. Na época, o Cardeal seguia de carro com o motorista, o fotógrafo e um seminarista. O assaltante recolheu anel, cordão, crucifixo, telefone do Prelado, a mochila e o paletó do motorista, a batina do seminarista e todo o equipamento fotográfico. Mas, na fuga, abandonou os objetos roubados, exceto o equipamento do fotógrafo.
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Após um dos assaltantes, um menor de idade, reconhecer o Arcebispo, pediu perdão. Mais tarde, Dom Orani afirmou publicamente ter perdoado os infratores.
Em junho de 2015, sofreu um assalto em Quintino, na Zona Oeste do Rio, enquanto retornava para casa, após se reunir com os fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Campo Grande.
No carro, estavam também o motorista e um casal de amigos italianos. O Cardeal teve o celular e outros pertences roubados, incluindo um crucifixo de prata que ganhou de São João Paulo II. O motorista foi levado como refém e liberado alguns metros depois.
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— ACI Digital (@acidigital) 10 de março de 2016