O Arcebispado de Valência (Espanha) convocou um ato de desagravo depois que a associação Endavant (Organização Socialista de Libertação Nacional) divulgou um cartaz no qual aparecem as imagens da Virgem dos Desamparados e da Virgem de Montserrat se beijando, com o lema: “Contra a sagrada opressão. Ame como quiser”.

O cartaz foi utilizado para convocar a manifestação do orgulho gay que acontecerá no próximo sábado, 18, em Valência.

O Arcebispo de Valência, Cardeal Antonio Cañizares, denunciou no domingo “a grave profanação” mostrada no cartaz e sublinhou que esta campanha “fere profundamente os sentimentos dos católicos valencianos e de todos os homens e mulheres de boa vontade”.

Além de demostrar seu “rechaço enérgico e pleno” à profanação “injusta e gratuita” feita através desta propaganda difundida pela internet, o Arcebispo convocou a um ato de desagravo à Virgem dos Desamparados, padroeira de Valência, com a celebração de uma Missa e rezarão o rosário na Catedral local.

O Cardeal pediu que as universidades, colégios católicos, paróquias e “a todos os cidadãos que desejam uma convivência em paz e o respeito às convicções de todos” se unam ao ato de desagravo pelo cartaz blasfemo contra a Virgem e manifestem “seu protesto por esta grave expressão de intolerância e falta de respeito ante as crenças religiosas de milhares de valencianos”.

ADVERTÊNCIA: A imagem blasfema pode ferir a sensibilidade do leitor

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Diante da controvérsia gerada pelos termos ofensivos do cartaz de Endavant, a Associação Gay Valência LGTB se afastou de toda vinculação com esse cartaz e sublinhou que “a Associação Endavant não fala por todo o coletivo LGTB, pois não é uma associação de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais”.

O Cardeal também indicou que durante o ato de desagravo oferecerá um sufrágio pelas vítimas do atentado de Orlando, nos Estados Unidos, no qual morreram 50 pessoas e outras 53 ficaram feridas.

Nesse sentido, o Arcebispo mostrou sua confiança de que “a justiça seja aplicada com a máxima severidade ante este acontecimento horrível e desprezível” e em que “todas as pessoas sejam tratadas com mais respeito e com a dignidade que merecem”.

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