Depois da Oração do Ângelus dominical, o Papa Francisco recordou o drama dos milhares de refugiados que fogem das guerras e assinalou que suas histórias e rostos chamam a renovar “o compromisso por construir a paz na justiça”.

O Santo Padre fez este apelo referindo-se ao Dia Mundial do Refugiado promovido pelas Nações Unidas o qual é celebrado nesta segunda-feira, 20 de junho. O tema deste ano é “Com os refugiados. Estamos do lado de quem é obrigado a fugir”.

“Os refugiados são pessoas como nós, porém a guerra tirou deles casa, trabalho, parentes e amigos. As suas histórias e seus rostos nos convidam a renovar o compromisso para construir a paz na justiça. Por isso, queremos estar com eles: encontrá-los, acolhê-los, ouvi-los para nos tornar juntos artesãos da paz, segundo a vontade de Deus”, expressou Francisco.

No dia 13 de junho, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), apresentou o relatório “Projeção das necessidades mundiais de reassentamento em 2017”.

O documento assinala que mais de 1,19 milhões de pessoas deslocadas pela violência deverão ser realocadas em um terceiro país no próximo ano. Entretanto, esta cifra supera as cotas oferecidas pelas nações de acolhida, pois segundo cálculos da ACNUR, somente 170.000 refugiados serão recolocados em 2017.

Para 2016, esperam concretizar 143.000 realocações, 9.000 a mais do que em 2015.

Do mesmo modo, o relatório recorda que em 2014 os pedidos de realocação eram 691.000; mas em 2017 aumentará 72% devido à guerra na Síria.

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As projeções do ACNUR indicam que em 2017 os sírios representarão 40% de refugiados, logo depois estarão os sudaneses (11%), afegãos (10%) e os refugiados da República Democrática do Congo (9%).

Em 2015, os Estados Unidos aceitaram 82.491 solicitudes de reassentamento (62% do total), seguidos pelo Canadá (22.886), Austrália (9.321), Noruega (3.806) e o Reino Unido (3.622).

O alto comissário para os Refugiados, Filipo Grandi, disse que “estamos observando que o reassentamento alcançou novos níveis e que este aumento do reassentamento pode constituir um meio efetivo para compartilhar as responsabilidades relativas à proteção dos refugiados. Entretanto, ainda há muito por fazer para responder ao atual aumento do número de pessoas especialmente vulneráveis”.

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