Cidade do México, 22 de jun de 2016 às 08:00
O Arcebispo de Antequera-Oaxaca, no México, Dom José Luis Chávez Botello, fez um apelo para intensificar as orações pela paz após os enfrentamentos entre autoridades e o sindicato de professores que causou a morte de pelo menos sete pessoas.
México: Choques entre policías y maestros en Oaxaca se cobran la vida de al menos 6 personas https://t.co/8qTampBQa7 pic.twitter.com/Ry8CmbzpMM
— RT en Español (@ActualidadRT) 20 de junho de 2016
Desde o dia 11 de junho, a Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) no estado de Oaxaca, no sul do México, realizou uma série de manifestações contra a reforma educativa iniciada pelo governo de Enrique Peña Nieto. Os protestos incluíram o bloqueio das estradas que permitem chegar à Cidade do México e aos estados de Puebla, Veracruz, Chiapas e Guerrero.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de Oaxaca, no dia 19 de junho, contaram com a presença de 800 policiais. Durante o enfrentamento entre manifestantes e autoridades, faleceram pelo menos sete pessoas e 51 ficaram feridas.
As autoridades responsabilizam os supostos infiltrados entre os manifestantes, pois “pessoas até agora não identificadas, realizaram disparos com arma de fogo contra os elementos de segurança pública e a população civil”.
Entretanto, precisaram, abrirão investigações para “descobrir os responsáveis”.
De acordo com a CNTE, que assegura que entre os mortos se encontram professores e pais de família, há 10 pessoas falecidas.
Em um comunicado publicado no dia 20 de junho, o Arcebispo de Antequera-Oaxaca lamentou “profundamente” o “desfecho fatal” em 19 de junho e expressou sua solidariedade “às famílias dos falecidos e dos que ficaram feridos”.
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O Prelado assinalou que a Igreja, “como instituição comprometida na proteção e na defesa da vida”, abriu suas portas “para dar atenção a todas as pessoas sem distinção e oferecer os primeiros socorros àqueles que necessitarem”.
O Arcebispo pediu aos fiéis para contribuir “com todos seus conhecimentos, capacidades e o melhor que puderem a fim de conseguir juntos a reconciliação e a paz”.
“Intensifiquemos a oração em todos os níveis”, exortou, tanto “a oração pessoal, em família, nos grupos e movimentos apostólicos, em todas as comunidades e paróquias, a fim de que Deus mova os corações de todos e nos disponha ao diálogo, ao entendimento e à disposição de resolver o conflito de maneira construtiva com palavras, gestos, acordos e ações que beneficiem a todos”.
O Prelado convidou todos a, desde terça-feira, 21, “unir-nos espiritualmente” para que “em qualquer lugar que estivermos, ao soar os sinos de todos os templos e capelas rezemos o Ângelus às 12h e às 18h, e a oração do Santo Rosário de preferência nos templos”.
“Às quintas-feiras também, às 18h, celebremos a Hora Santa” e na Missa diária, “às 19h, recordemos esta intenção”.
“Que quando soe os sinos a essas horas, seja um chamado de Deus a ser semeadores, artesãos e custódios da reconciliação e da paz em nossa família e comunidade”, exortou.
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— ACI Digital (@acidigital) 7 de junho de 2016