ROMA, 28 de jun de 2016 às 17:00
60 refugiados de diferentes idades da Coreia do Norte foram batizados católicos em uma paróquia de Seul (Coreia do Sul), depois de fazer durante meses a catequese dirigida pelo Pe. Raymond Lee Jong-nam.
“Aqui todo mundo tem feridas e dor. Chegaram de um longo caminho e agora vocês nascem novamente para Deus, que os cuida e ama infinitamente. Eu gostaria que todos vocês tivessem uma nova vida feliz”, disse o Pe. Lee Jong-nam durante a cerimônia realizada em 18 de junho.
Segundo informou UCANews, nos meses precedentes, o sacerdote ensinou aos refugiados como entender a fé e manter uma vida espiritual.
Formam seminaristas para a Coreia do Norte
O batismo dos 60 refugiados ocorreu aproximadamente um mês depois que anunciaram que as dioceses da Coreia do Sul de Hamhung e Chunchon assinaram um acordo para preparar sacerdotes e seminaristas para a Coreia do Norte, na eventualidade de uma reunificação da península coreana.
Conforme indicou UCA News, o acordo assinala que ambas as dioceses selecionarão seus próprios seminaristas e os formarão como seus sacerdotes para futuros serviços pastorais na Coreia do Norte.
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Ambas as diocese fazem parte da Arquidiocese de Seul, mas no papel a Diocese de Hamhung só existe na Coreia do Norte. A diocese serve a maior parte do sul e norte das províncias de Hamkyeong na Coreia do Norte. Seu Administrador Apostólico é Dom Lucas Kim Woon-hoe de Chunchon.
O relatório de 2014 sobre “Liberdade Religiosa no Mundo” da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) assinala que “os refugiados norte-coreanos que conseguiram fugir denunciam sistematicamente a falta de liberdade religiosa dentro da Coreia do Norte. A maior parte deles afirma que jamais conheceu um cristão nem viu uma bíblia”.
O documento cita o relatório publicado em 2013 pelo “Centro de Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte”. O estudo assinala que “99,6 % dos desertores norte-coreanos entrevistados asseguraram que não há liberdade religiosa na Coreia do Norte, enquanto 75,5 % deles manifestaram que as atividades religiosas estão sob pena de detenção e prisão”.
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— ACI Digital (@acidigital) 12 de janeiro de 2016