CARACAS, 2 de jul de 2016 às 07:00
O Arcebispo de Caracas e Primaz da Venezuela, Cardeal Jorge Urosa Savino, exortou os fiéis a defender a Igreja e a família diante do impacto da ideologia de gênero, a qual parte de uma “corrente que exalta a sexualidade e o erotismo de maneira absoluta”.
A ideologia de gênero nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, logo desenvolveu-se na Europa seguindo linhas particulares do feminismo e do pensamento homossexual. Esta corrente afirma que a diferença entre homem e mulher é uma questão social, uma construção cultural que precede à questão biológica.
Ao presidir a Missa pela festa de São Josemaría Escrivá, em 26 de junho, o Cardeal Urosa Savino recordou as diversas dificuldades pelas quais a Venezuela está passando, tanto políticas, como sociais e econômicas, que “estão gerando uma crise humanitária em nosso país”.
Além destas, indicou, a Venezuela sofre “as dificuldades que geram o secularismo agressivo, antirreligioso e anticatólico que vemos na Europa e na América do Norte e que em menor medida, mas também, acabam sendo geradas progressivamente entre nós”.
Um dos principais promotores da ideologia de gênero e do aborto na Venezuela é o transexual Tomam Adrián – conhecido como “Tamara”–, que com 61 anos conseguiu ingressar no parlamento venezuelano nas eleições do dia 6 de dezembro de 2015.
O Cardeal Urosa advertiu que a ideologia de gênero procura “mostrar a prática da homossexualidade, como algo normal, comum, fora e por cima das normas morais e dos mandamentos da lei de Deus”.
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Esta ideologia, indicou, também pretende a equiparação “das uniões homossexuais ao casamento e a sexualidade indiferenciada à convivência legítima entre os esposos”.
O Arcebispo de Caracas indicou que “atualmente nós somos chamados a escutar e a imitar São Josemaría em seu convite à santidade na vida diária, no trabalho cotidiano, mas também na fidelidade à verdade revelada e na difusão e defesa dessa verdade esplendorosa”.
“Nestes momentos de secularismo agressivo e de exaltação amoral da sexualidade indiscriminada, os católicos devem estar dispostos, por um lado, a trabalhar na defesa da nossa religião e na vida da igreja, e por outro lado, na defesa da família e de um bom conceito de matrimônio e da sexualidade”, sublinhou.
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— ACI Digital (@acidigital) 19 de maio de 2016