Lima, 18 de jul de 2016 às 07:00
Estreia no dia 21 de julho no Brasil o novo filme “A Lenda de Tarzan”, no qual o vilão é apresentado como um “católico assassino e psicopata” que sempre carrega um rosário na mão.
O filme tem entre seus protagonistas Alexander Skarsgård (Tarzan), Margot Robbie (Jane) e Christoph Waltz, ganhador do Oscar em 2009 e 2012 como melhor ator coadjuvante e que agora dá vida ao antagonista, o capitão belga Leon Rom.
No início do filme, Tarzan não está na África, mas sim em Londres, sob o nome de John Clayton III, Lord Greystoke. Mora em uma mansão e é casado com Jane. Logo é convidado ao Congo para servir como um emissário de comércio do parlamento. Nesse país, vai se reencontrar com suas raízes, descobrirá os abusos dos colonizadores europeus e enfrentará Rom.
Segundo o ‘Catholic Herald’, Rom é apresentado como um “católico assassino e psicopata”, que “sempre tem um rosário na mão e usa como arma. Em uma cena, inclusive, estrangula Tarzan com ele”.
“Em outra cena, Margot Robbie, que tem o papel de Jane, faz uma declaração a Rom sobre o fato de que ele era muito próximo de um sacerdote católico em sua juventude”, conta. “Os criadores do filme, obviamente, têm um problema com a Igreja”, assinala o ‘Catholic Herald’.
Em uma resenha de ‘Pluggedin’, conta-se que Rom disse a Jane que recebeu o rosário “de seu sacerdote quando tinha 9 anos. Jane faz o comentário sobre sua proximidade com ele, uma aparente referência ao escândalo da pedofilia na Igreja”.
O artigo também indica que “é possível que os produtores também tenham pensado (no rosário) como um comentário metafórico, como um símbolo da opressão colonial por parte dos cristãos ‘ocidentais’ como Rom que subjugaram as populações nativas”.
‘Movieguide’ considera que neste filme, “o pior é que o vilão principal é identificado como um vilão que carrega um rosário. Então, aconselha-se precaução extrema”.
Adrián Ruiz escreve em ‘Excelsior’, do México, que no longa “o relato literário se dilui tentando convertê-lo em um super-herói de verão, deste modo, o filme, em meio a efeitos digitais, torna-se uma briga de Tarzan contra todos” e “a trama não aterrissa”, pois, “às vezes quer ser sobre as sequelas, em alguns momentos, esboços da origem do homem-macaco, sem que nenhuma das duas me sobressaia e só consiga se perder na selva”.
“Margot Robbie e Skarsgard aparecem com uma boa química, além de preencher a tela para o público feminino e masculino, mas é preciso mais. Christoph Waltz parece absorto em seus papéis de vilão e este é o mais plano e sem nuances em que já foi visto no cinema, este também é um de seus detratores”, acrescenta.
“Seu grito para se tornar um novo clássico é ineficaz, seus passeios pelos cipós e as aventuras são muito tíbios”, conclui.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Joel Poblete, de ‘Publimetro’, do Chile, comenta sobre o filme que “a narrativa é convencional, tem personagens que mais parecem arquétipos – como o de Samuel L. Jackson, ou especialmente Christoph Waltz, que interpreta uma enésima variante do ‘mau’ impassível e sofisticado – e pelo caminho se faz mais previsível”.
Além disso, acrescenta, “não se pode deixar de lamentar a notória dependência dos efeitos digitais, que conseguem impressionar em mais de uma sequência, mas se tornam demasiado evidentes e falsos em diferentes momentos, como quando o herói se move usando o cipó até chegar a abordar um trem, ou em uma multidão perto do desenlace”.
Um artigo de ‘Azteca Noticias’ assinala por sua vez que “em seu afã por ser diferente, “A Lenda de Tarzan” se mostra rígida e desperdiça elementos que fazem do homem-macaco um clássico da literatura e do cinema”.
Beijo Gay?
O jornal ‘The Times’ publicou uma notícia sobre a eliminação de uma cena do filme em que Rom beija Tarzan, quando este está inconsciente.
O diretor do filme, David Yates, comentou ao jornal que decidiram tirar a cena do resultado final, porque o público que viu reagiu negativamente. “Tiramos porque talvez fosse demais”, assinalou.
“Foi um momento muito, muito raro quando Christoph (Waltz) o beijou. Ficamos encantados quando fizemos a cena. Mas, as primeiras audiências de teste se mostraram muito incomodadas pela cena e, ao final, sentia-se muito forçado”.
Segundo o diretor, depois do beijo, Rom disse a Jane: “O selvagem do seu marido me perturba mais do que posso expressar”.
Confira também:
Como eu era antes de você, o filme “mais romântico do ano” que defende o suicídio assistido https://t.co/3lr6qmkIQu
— ACI Digital (@acidigital) 9 de junho de 2016