ROMA, 18 de jul de 2016 às 15:00
O Vigário Apostólico de Anatólia, na Turquia, Dom Paolo Bizzeti, afirmou que após o fracassado golpe de Estado no país, é necessário recorrer a “arma do diálogo, que é a única que pode assegurar um viver de modo civil”.
Intento de golpe de Estado en #Turquía deja 17 policías muertos https://t.co/M7EhmnbmRe pic.twitter.com/KPF3hE1gOc
— Noticieros Televisa (@NTelevisa_com) July 16, 2016
Em declarações à Rádio Vaticano, o prelado italiano declarou que “da parte da Igreja creio que será unânime o testemunho de que, justamente, é preciso abaixar os tons e que se deve buscar compreender quais são as causas deste mal-estar” que levou à tentativa de golpe.
A CNN Espanhol informou que o caos no país começou com uma tentativa fracassada de golpe durante uma noite em que reinou o caos e a violência.
Segundo a imprensa, os fatos deixaram cerca de 265 mortos e mais de 1.400 feridos.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu ao público para rejeitar a tentativa de golpe saindo às ruas, desafiando uma corte marcial e o toque de recolher imposto pelos militares.
Uma grande quantidade de pessoas saiu às ruas e no sábado o presidente disse que eles têm o controle do país.
No total, foram detidos mais de 7500 policiais, segundo o Ministério do Interior, e pelo menos 50 funcionários de alto escalão foram afastados de seus cargos. A mídia turca já havia informado que a corte nacional tinha decidido prender 41 dos 103 generais e almirantes detidos por tentativa de golpe.
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Dom Paolo Bizzeti, Vigário Apostólico de Anatólia desde novembro de 2015, explicou que nestes momentos “é difícil, também para nós, compreender as dimensões reais desse confronto e, portanto, é preciso ser muito prudentes”.
“Infelizmente – prossegue o Bispo – fomos ouvidos várias vezes nestes últimos tempos por uma série de fatos sangrentos, que já revelavam seguramente uma tensão dentro do país”.
“Embora a grande maioria das pessoas seja seguramente pacífica e viva tranquilamente, não se pode negar que – nestes últimos tempos – tem sido praticada uma política de ódio, de confronto, e isso, evidentemente, a um certo ponto leva a uma deflagração maior”, denuncia o Prelado.
Em seguida, o Bispo ressalta que “única coisa inteligente a ser feita é não exasperar os tons para reencontrar aquele mínimo de calma necessária para compreender as razões também de quem insurgiu”.
Uma insurreição, conclui, “por quanto não se saiba ainda a dimensão, é seguramente sempre índice de um mal-estar. Por conseguinte, é preciso ir às causas desse mal-estar”.
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— ACI Digital (@acidigital) 19 de abril de 2016