Texas, 19 de jul de 2016 às 18:00
Sara Gerardo é uma mãe norte-americana que deu à luz um de seus filhos após um estupro e que, depois de 12 anos, tem uma grande mensagem para todos, especialmente para o lobby do aborto.
“Já se passaram 12 anos desde que eu fui estuprada. Estou finalmente pronta para quebrar o silêncio e contar minha história”, afirma.
Em maio de 2016, Sara recebeu o ‘Honor for Life Award’ (Prêmio de Honra pela Vida) da Choices4Life, organização à qual pertence e que se dedica a ajudar a restaurar a honra e a dignidade das mães e seus filhos nascidos depois de uma violência sexual.
“Que todo mundo saiba que Sara mostrou todas as características de uma heroína ao salvar a vida de seu filho. Ela foi contra a sociedade, a sentença de morte da criança e contra uma vergonha que não lhe pertencia. Suas ações desinteressadas demonstraram sua força e que é digna de honra, não de vergonha”, ressaltou a presidente da Choices4Life, Juda Myers.
Este é o testemunho de Sara, publicado por Life Defenders:
Por quase um ano, eu fui mantida em cárcere privado e abusada. Quando finalmente consegui me libertar, eu estava grávida. Todos me pressionaram para que eu fizesse um aborto, e isto parecia o lógico à época. Eu desejaria o filho de um estuprador? E se o bebê ficasse parecido com ele? Eu iria querer uma lembrança diária do estupro que sofri vivendo comigo?
Por motivos médicos, eu tenho problemas de memória, mas eu lembro do dia quando fui ao médico antes do aborto agendado. Lembro que eu rezava pedindo perdão e tinha esperanças de que eu estava tomando a decisão correta.
Eu estava resolvida a passar por aquilo até que ouvi as batidas do coração de meu bebê. E então o técnico de ultrassom disse “Seu bebê parece estar bem”.
Ele não disse “o bebê de meu estuprador”. Nem disse “um punhado de células”. Batidas de um coração. Uma criança. Meu bebê.
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Meu bebê não era culpado de algo feito por meu estuprador e ele não merecia morrer por isto. Matá-lo não mudaria coisa alguma do que havia acontecido. Ele era meu filho! Eu não poderia prosseguir com o aborto.
Eu não tive onde morar por um tempo, mas ficar com meu filho foi a melhor decisão que já tomei em minha vida. E finalmente consegui um emprego e me dediquei a tentar uma promoção – coisa que eu jamais teria feito se não tivesse meu filho. Com o tempo, eu ganhei um aumento. Eu sou a primeira pessoa de ambos os lados de minha família a completar uma graduação.
Lembro perfeitamente do dia em que meu filho nasceu e como o segurei sem que nem acreditasse naquilo. Como alguém podia ser tão perfeito? Como eu podia amar alguém tão completamente? Eu estava maravilhada por cada parte dele. Meu maravilhoso menininho.
Hoje estou casada e tenho mais duas crianças e estou para conseguir meu mestrado. E quanto ao meu filho, ele é incrível. Seu coração tem tanta compaixão. Aos 5 anos, ele iniciou uma coleta para a caridade, e seus esforços lhe valeram o reconhecimento do ator Patrick Dempsey. Ele é muito inteligente, tem um QI de 120. Ele foi selecionado para uma das principais escolas do país, pulou um ano e está em um programa para alunos superdotados.
Meu filho não age como o estuprador. Ele não se parece muito com ele. Ele não é uma lembrança diária do abuso que eu sofri. Ele é meu filho, meu tesouro. No dia que eu ouvi a batida de seu coração foi quando me tornei pró-vida. Sem exceções!”.
Confira também:
Médica abandona prática de abortos após ver ultrassonografia de seu bebê https://t.co/RDp7iCk3ax
— ACI Digital (@acidigital) 27 de junho de 2016