CRACÓVIA, 30 de jul de 2016 às 16:20
Natalia Wrzesien é uma jovem polonesa que comoveu o Papa Francisco e os jovens participantes da Vigília da JMJ Cracóvia 2016 com seu testemunho especial de conversão e experiência pessoal do grande amor e misericórdia do Senhor.
Confira a seguir o testemunho completo de Natalia, no Campus Misericordiae:
No domingo, 15 de abril de 2012, despertei-me no meu departamento em Lodz, terceira cidade da Polônia. Nesse tempo era chefa de redação de revistas de moda e há 20 anos já não tinha nenhuma relação com a Igreja.
Tinha sucesso no trabalho, encontrava-me com alguns jovens lindos, ia de uma festa para outra e esse era o sentido da minha vida. Tudo ia bem. Mas, neste dia, despertei com certa inquietação causada pelo pensamento de que aquilo que estava fazendo com minha vida estava longe de ser algo bom.
Compreendi que precisava confessar-me nesse mesmo dia. Não sabia bem como deveria fazer, mas procurei no Google a palavra ‘confissão’. Em um dos artigos que encontrei, li esta frase: Deus morreu por amor a cada um de nós. Compreendi plenamente o sentido desta afirmação: Deus morreu por amor a mim e queria me dar uma vida plena enquanto eu estava fechada na minha indiferença fumando um cigarro na cozinha.
Assim via a situação nesse momento. Comecei a chorar, peguei uma folha e comecei a escrever todos os meus pecados. Todos os pecados estavam muito claros, lembrava-me de um após o outro diante dos meus olhos e percebia que havia atentado contra todos os Dez Mandamentos. Senti uma necessidade imediata de falar com um sacerdote. Encontrei na internet a informação que às 15 horas haveria um sacerdote confessando na catedral.
Corri até lá, mas tinha muito medo de que o sacerdote me dissesse: ‘teus pecados são muito graves, não posso fazer nada por você’. Entretanto, tomei coragem e fui me confessar. Contei tudo e comecei a chorar muito. O sacerdote não dizia nada. Quando terminei, me disse: ‘esta é uma confissão muito bonita’. Não entendia a que se referia, não havia nada de bonito no que havia lhe contado. ‘Sabe que dia é hoje? ’ – perguntou. ‘É o domingo da Misericórdia. Sabe que horas são? São quase 15 horas. Esta é a hora da Misericórdia. Sabe onde está? Na catedral, no lugar onde Santa Faustina rezava cotidianamente, quando ainda vivia em Lodz. Nesse momento, apareceu o Senhor e lhe disse que queria perdoar nesse dia todos os pecados, sem importar-se quais eram. Seus pecados foram perdoados. Já não existem mais, não pense neles novamente, esqueça-se deles’.
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Eram palavras fortes. Ao dirigir-me a confissão estava convencida de que havia perdido irremediavelmente a vida eterna e agora sentia que Deus havia pegado o que eu tinha feito mal e havia desaparecido para sempre. Senti que Ele me esperava desde sempre e havia um encontro marcado para esse dia.
Saí da igreja como se voltasse de um campo de batalha: extremamente cansada, mas ao mesmo tempo estava super feliz, com um sentimento de vitória e com a convicção de que Jesus voltava para casa junto comigo.
Nos últimos dois anos, ajudei nos preparativos da JMJ em Lodz, para que também outros jovens pudessem experimentar aquilo que eu já experimentei. A Misericórdia de Deus está viva e continua atuando ininterruptamente hoje. Há testemunhos disso e desejo que cada um de vocês experimente o mesmo.
Confira também:
TEXTO: Discurso do Papa Francisco na Vigília da JMJ Cracóvia 2016 https://t.co/jre3EBgMFI
— ACI Digital (@acidigital) 30 de julho de 2016