TARAZONA, 23 de mai de 2005 às 14:17
O Bispo de Tarazona, Dom. Demetrio Fernández, lembrou aos fiéis que a objeção de consciência é "um direito fundamental" anterior a qualquer ordem jurídica que deve ser exercida com àqueles a quem se deseja pressionar com a lei de uniões homossexuais.Em sua carta intitulada "Objeção de consciência", o Prelado afirmou que este direito está reconhecido no artigo 16 da Constituição espanhola, no artigo nove do Convênio Europeu de Direitos humanos, e pela Constituição Européia no artigo II-70, além do Tribunal Europeu de Estrasburgo.
Do mesmo modo, advertiu sobre "a fratura social que esta lei introduzirá no caso de ser aprovada" e denunciou que a mesma pretende transformar a mentira em verdade porque quer chamar "pelo mesmo nome o que não é igual" e equiparar juridicamente "duas coisas totalmente diferentes".
Na carta, o Prelado recordou que "não é o mesmo o matrimônio entre um homem e uma mulher" e "a união de dois homens ou de duas mulheres". Esclareceu que tais relações poderiam ter algum "amparo jurídico", mas nunca poderá ser igualada ao matrimônio.
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Por isso, depois de assinalar que tal projeto vai "contra a lei de Deus, a verdade sobre o homem e a sociedade", afirmou que é dever cristão obedecer a seu Criador antes do que àqueles que, "tendo o poder", tentam obrigá-lo a ir contra seus princípios. Indicou que no caso do aborto, "a mesma lei recolhe a possibilidade de recorrer à objeção de consciência".
A carta explica que "se as leis respeitassem o verdadeiro bem do homem" e a lei de Deus, "um conflito deste tipo entre o moral e o legal não deveria expor-se nunca".
Entretanto, Dom. Fernández esclareceu que no caso de haver este conflito, o cristão sabe que "terá que obedecer a Deus antes que aos homens", embora tenha que viver o que o Senhor anunciou nas bem-aventuranças: "Felizes os que são perseguidos e caluniados por minha causa… Alegrai-vos, porque sua recompensa será grande no céu".