ROMA, 10 de ago de 2016 às 18:00
O fundador da União de comunidades islâmicas da Itália, Hamza Roberto Piccardo, pediu à Itália que assim como reconheceu as uniões homossexuais como um “direito civil”, faça o mesmo com a poligamia, um comportamento aprovado pelo islã.
#SilvanaDeMari #Poligamia e #schiavitù della donna rendono l'#islam maschilista e violento https://t.co/TyoMEpWHO3 pic.twitter.com/0PUDbDJydu
— MagdiCristiano Allam (@magdicristiano) 29 de junho de 2016
“Se for somente uma questão de direitos civis, efetivamente, a poligamia é um direito civil”, foi a frase que usou Piccardo em sua conta de Facebook com uma foto onde aparece o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, junto com um dos casais homossexuais unidos no civil em 5 de agosto.
Ante algumas críticas recebidas em seu post, o líder islâmico disse: “Eu e milhões de pessoas não compartilhamos as relações homossexuais, entretanto, essa é a lei e respeitamos os atores. As pessoas interessadas são uma minoria, como seriam os polígamos. A sociedade inteira pode aceitar a todos”.
O pedido de Piccardo foi apoiado por vários leitores muçulmanos, mas criticado na mídia por representantes da sociedade italiana, que advertiram que essa proposta atenta contra os princípios da cultura ocidental. “Nós pedimos a poligamia segundo a revelação e tradição (islâmica)”, insistiu em sua conta de Facebook.
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Em um dos comentários, um usuário pediu que não usasse essas palavras “consciente que nossos inimigos esperam isto para lançar a sua ira sobre o islã e os muçulmanos”; entretanto, Piccardo respondeu: “Quer que eu seja politicamente correto? Atuei desta maneira durante 25 anos por respeito a um papel, frequentemente com mal-estar e fadiga. Agora procuro ser islamicamente correto”.
Estima-se que na Itália vivem 1,7 milhões de muçulmanos. As uniões homossexuais foram legalizadas neste país no dia 11 de maio de 2016.
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— ACI Digital (@acidigital) 18 de setembro de 2012