A série animada Bojack Horseman, criada para a plataforma Netflix, fez uma grosseira apologia ao aborto em um de seus recentes capítulos.

A série foi criada por Raphael Bob-Waksberg e conta a história de Bojack, um cavalo antropomorfo que triunfou nos anos 90 com uma série de comédia para TV e que, desde o cancelamento, tornou-se alcoólatra e não pôde seguir com sua vida profissional e pessoal. Foi estreada em agosto de 2014 e já tem três temporadas.

No episódio intitulado “Brrap Brrap Pew Pew”, mostram uma das personagens chamada Diane, que está grávida de seu esposo, um cão humanoide. Decidem abortar e se dirigem a uma clínica da Planned Parenthood.

Quando chegam ao local, veem alguns ativistas pró-vida protestando e no episódio fazem algumas brincadeiras sobre algumas disposições nestes lugares, como a obrigação de escutar o coração do bebê ou que Diane se verá forçada, antes de praticar o aborto, a assistir “20 horas de vídeos de lindos cachorrinhos”.

Em seguida, aparece um golfinho chamada Sextina Aquafina, cantando uma ode ao aborto na qual diz: “Agarra esse feto, mata esse feto (…) Sou um golfinho com cara de boneca, há cachorras ao meu redor. Às vezes aborta? Não, aborto sempre”.

A respeito, Mollie Hemingway, editora sênior de ‘The Federalist’, escreveu um artigo intitulado “Bojack Horseman mostra por que a arte sobre o aborto está fracassando” no qual assinala que tal episódio foi simplista e ao final “mina seus próprios temas”.

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Um dos personagens, assinala Hemingway, afirma que “praticar um aborto dá medo. Com todos os manifestantes do lado de fora (da clínica da Planned Parenthood) não é possível escutar o batimento do coração e tudo mais. Então, quando brincam a respeito assusta menos, compreendem?”.

Neste capítulo, prossegue a editora, “parecia que os escritores de Bojack estivessem operando com um roteiro da Planned Parenthood, como se houvesse algum acordo macabro para inserir as mesmas falsas e nada engraçadas caracterizações que fazem dos ativistas pró-vida a cada certo tempo”.

“Que tenham tentado e que tenham fracassado não é apenas uma prova de que a nossa cultura trata a vida como algo descartável; mas é além disso um poderoso argumento pró-vida, inclusive quando parece não ter sido intencional”, concluiu.

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