O dia 29 de julho ficou marcado para 18 adolescentes do Rio de Janeiro de uma forma especial. Privados de liberdade, os jovens receberam os sacramentos do Batismo e da Eucaristia durante celebração em uma das unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Novo Degase).

Para receber os sacramentos os jovens tiveram uma preparação com o suporte de vários assistentes religiosos. “Foi muito bom e me ajudou muito. Fiquei mais firme e estou disposto a mudar”, afirmou um dos adolescentes ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro (ArqRio).

A celebração aconteceu na Escola João Luiz Alves e foi presidida por Padre Gilvan André da Silva, assistente eclesiástico adjunto da Pastoral do Menor e pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Ilha do Governador. Contou ainda com o auxílio do coordenador da assistência religiosa na Arquidiocese, Diácono Roberto dos Santos.

Para o sacerdote, está foi uma oportunidade concedida por Deus “de realizar o que o Papa Francisco e Dom Orani [Tempesta, Arcebispo do Rio] tanto pedem, de levar a Igreja a todos os lugares”.

“Realizando esse trabalho na unidade onde os adolescentes são privados de liberdade e estão distantes de seus familiares, somos chamados a ser um sinal de fé, esperança e de entusiasmo para a vida de todos”, explicou ao site da ArqRio.

O casal Glória Moreira e Romildo José dirigiram a assistência religiosa dada aos jovens e, de acordo com Glória, o seu “objetivo é anunciar o amor de Deus, fazendo com que o adolescente perceba que é acolhido pela Igreja”.

Este trabalho de evangelização ultrapassa as paredes do centro socioeducativo e chega às famílias dos adolescentes, as quais se alegram ao saber que seus filhos recebem orientação espiritual.

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“Quando os familiares são informados sobre o projeto de evangelização e que o adolescente está participando, ficam muito felizes. Nós também ficamos, porque temos esperança que no futuro eles possam evangelizar suas famílias”, expressou Romildo José.

A mãe de um dos rapazes se mostrou emocionada por ver seu filho receber os sacramentos. “Sinto uma enorme alegria. Meu filho está muito melhor”, declarou.

Agora – explica a Arquidiocese –, os jovens seguem com o acompanhamento dos assistentes religiosos, preparando-se para receber o Sacramento do Crisma, e os que retornam para suas casas são orientados a seguir no caminho de Cristo.

“Pela convivência, percebemos que os jovens privados de liberdade são iguais a todos os que vivem em liberdade. O que falta a cada um deles é apenas a oportunidade na vida. Quando propomos o bem, o amor e a misericórdia, imediatamente eles revelam o que têm de bom no coração”, observou o Diácono Roberto dos Santos.

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