Em sua mensagem aos participantes da 37ª edição do “Encontro da Amizade entre os Povos”, realizado em Rimini, Itália, de 19 a 25 de agosto, o Papa Francisco animou a nunca se cansar de buscar o diálogo.

“Existe uma palavra que não devemos nunca cansar de repetir e principalmente, de testemunhar: diálogo”, indicou em uma carta enviada ao Bispo de Rimini, Dom Francesco Lambiasi, através do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin.

O encontro em Rimini é organizado pelo Movimento Comunhão e Libertação. O presidente italiano, Sergio Mattarella, participou da abertura do evento.

Na carta, o Santo Padre sublinhou que “abrir-se aos outros não empobrece nosso olhar”.

Pelo contrário, “nos enriquece, porque nos faz identificar a verdade do outro e a importância de sua experiência, mesmo que escondam escolhas e comportamentos com os quais não concordamos”.

O Papa indicou que o tema do evento “Tu és um bem para mim” é “corajoso”, porque “é necessário ter coragem para afirmar isso, quando tantos aspectos da realidade que nos rodeia nos indica o contrário”.

Francisco sublinhou que o “verdadeiro encontro” com os outros “implica a clareza da própria identidade, mas ao mesmo tempo, a disponibilidade em se colocar no lugar do outro para sentir aquilo que agita seu coração, o que busca verdadeiramente”.

“Deste modo, pode indicar esse diálogo que faz avançar no caminho para novas sínteses que enriquecem um e outro”, disse.

“Este é o desafio diante do qual se encontram todos os homens de boa vontade”, assinalou.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

O Santo Padre destacou que “muitos desequilíbrios dos quais com frequências nos sentimos testemunhos impotentes”, na verdade, apresentam “um convite misterioso a encontrar os fundamentos da comunhão entre os homens para um novo início”.

O Papa advertiu que quando alguém se fecha “no horizonte pequeno dos próprios interesses”, os demais se tornam supérfluos, “ou pior, um estorvo, um obstáculo”.

Por outro lado, Francisco alertou que, “diante das ameaças à paz e da insegurança dos povos e nações, teríamos que tomar consciência de que a insegurança existencial nos faz ter medo do outro, como se ele fosse um antagonista que nos roubasse espaço e invadisse os confins que construímos”.

“Seguindo o exemplo do Senhor Jesus, o cristão sempre cultivou um pensamento aberto ao outro, seja quem for, já que não considera nenhuma pessoa como definitivamente perdida”, disse.

Ao finalizar a mensagem, o Santo Padre invocou “a luz do Espírito Santo” para o Bispo de Rimini, os organizadores do evento, os participantes e os voluntários, para que assim tenham “uma experiência fecunda de fé e de comunhão fraterna”.

Confira também: