Cidade do México, 23 de ago de 2016 às 20:00
A Arquidiocese Primaz do México condenou “energicamente a agressão que sofreu nesta segunda-feira, 22”, no edifício da Cúria, pelos membros da comunidade “lésbica, gay, bissexual, transexual, travesti, transgênero e intersexual” (LGBTTTI).
Un grupo de personas realiza una clausura simbólica en la Arquidiócesis Primada de México (S. Servín) pic.twitter.com/szflpkTION
— FOROtv (@Foro_TV) 22 de agosto de 2016
Um grupo destes ativistas do lobby gay, liderados pelo transexual Diana Sánchez Barrios, presidente da organização Pro Diana, chegaram ao local e “colocaram cartazes e picharam os muros de acesso ao imóvel, evidenciando mais uma vez a agressividade e a intolerância que os caracteriza”, denunciou a Arquidiocese do México.
Sánchez Barrios e outros ativistas chegaram com cartazes nos quais estavam escritos: “Enclausurado por promover o ódio”, “Proteção aos pedófilos”, entre outros. Entre os manifestantes havia alguns disfarçados de caveiras e outro parecia um sacerdote com cabeça de porco.]
“Viemos denunciar publicamente os cardeais deste país, suas mensagens que incitam à violência contra a comunidade LGBTTTI, no semanário ‘Desde la Fe’ nos exibem, nos arriscam. Devido a esses comentários pessoas desta comunidade são assassinadas”, disse à mídia o líder gay.
Em resposta a esta agressão, a Arquidiocese explicou em um comunicado que quando se refere aos ‘casamentos igualitários’, a Igreja Católica faz uso de dois direitos fundamentais que todos os mexicanos têm: liberdade de expressão e liberdade religiosa, sempre com respeito, conscientes de que as pessoas homossexuais devem ser tratadas assim, e evitar qualquer sinal de discriminação para com eles”.
“Através do semanário ‘Desde la Fe’ – prossegue o texto –, divulgamos a postura da Igreja Católica em relação a este tipo de uniões entre pessoas do mesmo sexo e nunca foi realizada de maneira desrespeitosa”.
Grupo de la comunidad LGBTTTI se manifiesta frente a la Arquidiocesis Primada de México, exigen respeto y tolerancia pic.twitter.com/I67xIWnna7
— Carlos Tejeda (@CarlosTejedaA) 22 de agosto de 2016
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O semanário publicou diversos artigos nos quais critica a proposta do Presidente Enrique Peña Nieto, anunciada em maio deste ano, para aprovar as uniões homossexuais no país.
Portanto, o Escritório de Comunicação Social, que é responsável por este jornal, “não se retrata nem pede desculpas para esta comunidade”.
Reciben a personas que realizaban protesta en la Arquidiócesis Primada de México (S. Servín) pic.twitter.com/n6p06cpWJO
— FOROtv (@Foro_TV) 22 de agosto de 2016
Da mesma forma, indicam, “deixa claro que o Presbítero Álvaro Lozano Platonoff, que recebeu nesta segunda-feira uma representação desta comunidade, não é o porta-voz do Cardeal Norberto Rivera Carrera e, portanto, não tem nenhuma representatividade. Suas desculpas à comunidade foram pessoais e não do semanário, nem da Arquidiocese do México e muito menos da Igreja Católica em geral, pois nunca lhes ofendeu”.
Depois de solicitar que evitem “qualquer tipo de agressão contra as igrejas e seus pastores”, a Arquidiocese do México pede “às autoridades que investiguem e, em seu caso, sancionem conforme a lei os responsáveis pelos atos que o edifício da Cúria do Arcebispado do México sofreu nesta segunda-feira, para que estes atos de intolerância não voltem a ocorrer”.
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— ACI Digital (@acidigital) 23 de agosto de 2016