MADRI, 25 de ago de 2016 às 07:00
O Pe. José García, pároco da Igreja São Bartolomeu de Onda, na Espanha, pediu perdão pelo escândalo que causou depois de abençoar no templo um casal de lésbicas, no dia 30 de julho.
El Obispado de Segorbe estudia sancionar al cura que bendijo el matrimonio de dos lesbianas https://t.co/5Pt2bLvbpp pic.twitter.com/XdXCJnjiSw
— laSexta Noticias (@sextaNoticias) 24 de agosto de 2016
Naquele dia, o Pe. García abençoou Carmen e Lucía, que usavam um vestido branco de noiva e um dia antes se casaram no civil, na prefeitura local.
Depois que este acontecimento foi publicado pelos meios de comunicação, a Diocese de Segorbe-Castellón, à qual a paróquia pertence, emitiu um comunicado no qual assinala que o Pe. García reconheceu “o erro grave do seu gesto, o qual foi motivado por uma aplicação errônea da misericórdia ao não ter diferenciado a acolhida e o acompanhamento pastoral das pessoas”.
O sacerdote também admitiu que com a bênção outorgou a “suposta aprovação de uma união que a Igreja não pode aprovar”.
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Por isso, o presbítero pediu “perdão à Igreja e a todos aqueles aos quais o seu gesto pudesse ter sido motivo de escândalo e promete que nunca mais realizará um gesto igual ou semelhante”.
Na nota da diocese, citam alguns pontos do Catecismo da Igreja Católica, no qual se sublinha que “cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar qualquer sinal de discriminação injusta e particularmente toda a forma de agressão e violência”.
Citando palavras do Papa Francisco, o Bispo ressaltou: “Não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimónio e a família”.
“Assim – conclui o texto – contradiz gravemente a doutrina da Igreja Católica não só pretender celebrar ante a Igreja um casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também presidir a celebração da bênção de uma união civil prévia entre pessoas do mesmo sexo”, aponta o comunicado da diocese de Segorbe-Castellón.
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— ACI Digital (@acidigital) 24 de agosto de 2016