LA PAZ, 30 de ago de 2016 às 14:00
A Igreja na Bolívia reiterou o apelo ao fim da violência entre mineiros cooperativistas e policiais, que causou a morte de cinco pessoas, entre eles o vice-ministro de Regime Interior e Polícia, Rodolfo Illanes.
Na Missa celebrada no dia 28 de agosto, na Catedral Metropolitana da Santa Cruz, Dom Bráulio Sáez, Bispo Auxiliar de Santa Cruz e administrador temporário do Vicariato Apostólico de Camiri, assinalou que “a violência nunca leva a soluções verdadeiras e duradouras e, pelo contrário, é fonte de dor e morte”.
Dom Sáez recordou que, em um recente comunicado, os bispos bolivianos condenaram a violência, “venha de onde vier”, pois “nunca leva a soluções verdadeiras e duradouras e, pelo contrário, é fonte de dor e morte”.
Em meados de agosto, mineiros cooperativistas anunciaram uma parada indefinida, como resposta a uma nova lei de sindicalização do governo de Evo Morales. Em diversos enfrentamentos com as autoridades, que procuravam romper os pontos de bloqueio estabelecidos pelos manifestantes, morreram três mineiros.
Em meio aos protestos, o vice-ministro de Regime Interior e Polícia foi sequestrado por mineiros e torturado durante várias horas até ser assassinado, no dia 25 de agosto.
Em um comunicado publicado no dia 26 de agosto, os bispos bolivianos clamaram: “em nome de Deus, pares, não podemos ceder irresponsavelmente à lógica perversa da violência, com pressões irracionais, agressões criminais, confrontos e represálias”.
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“O país exige urgentemente de suas autoridades e de todos os setores mobilizados uma predisposição sincera e capacidade de diálogo responsável”, assinalaram.
Os bispos sublinharam que “a Administração de Justiça tem uma grave responsabilidade nestes momentos, pois tem a obrigação de esclarecer as mortes e agressões com transparência, idoneidade e objetividade”.
“Os crimes foram cometidos por autores individuais, por mais que tentem se esconder no anonimato grupal. Chamamos os responsáveis por esses crimes a serem conscientes e para que assumam sua responsabilidade penal e moral”, indicaram.
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— ACI Digital (@acidigital) 15 de abril de 2016