VATICANO, 1 de set de 2016 às 07:00
O Cardeal Secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, assegurou que são “muitas as esperanças e as atitudes para o desenvolvimento de uma nova etapa nas relações entra a Sé Apostólica e a China”.
O Purpurado participou do Seminário da diocese da cidade italiana de Pordedone com uma intervenção sobre Celso Costantini, umcardeal italiano que trabalhou com intensidade para melhorar as relações entre a China e o Vaticano, e falou também da situação atual.
“Ousaria dizer que (a nova etapa nas relações) será também em benefício de uma ordenada, pacífica e frutífera convivência dos povos e das nações em um mundo como o nosso, dilacerado por tantas tensões e tantos conflitos”.
O Cardeal sublinhou a importância deste acontecimento, pois “as desejadas novas e boas relações com a China – incluídas as relações diplomáticas, se assim Deus quiser – não são o fim em si mesmo ou desejo de alcançar possivelmente esses êxitos ‘mundanos’, mas são pensadas e perseguidas com temor, porque aqui se trata da Igreja, que é algo de Deus”.
Também recordou que o Papa Francisco “conhece bem a história de sofrimento, de incompreensões, normalmente de silencioso martírio que a comunidade católica na China carrega sobre si. É o peso da história”.
“Mas também conhece, junto com as dificuldades externas e internas, o quanto está vivo o desejo da comunhão plena com o Sucessor de Pedro, quantos progressos foram feitos, quantas forças vivas testemunham o amor de Deus e o amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais frágeis e necessitadas, que é a síntese de todo o cristianismo”.
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Francisco também “conhece e exorta, especialmente no marco do Jubileu da Misericórdia, ao perdão recíproco, a reconciliação entre os irmãos e irmãs que experimentam a divisão, o esforço de crescer na compreensão, na colaboração, no amor”.
“Trata-se de escrever uma página inédita da história, olhando para frente com confiança na Providência Divina e realismo saudável, para assegurar um futuro no qual os católicos chineses possam se sentir profundamente católicos”, acrescentou.
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— ACI Digital (@acidigital) 21 de junho de 2016