LONDRES, 1 de set de 2016 às 17:00
Não são boas as notícias que os sacerdotes do Reino Unido receberam: cuidado ao andar com clesma pelas ruas, por motivos de segurança. Especialmente para prevenir um possível ataque jihadista, agora que estão por toda a Europa.
A mensagem foi feita por um perito em segurança que assessora o Ministério do Interior britânico, Nick Tolson, que elaborou um documento de 12 páginas no qual recomenda, entre outras coisas, que cada paróquia mantenha um guarda na porta, a fim de prevenir qualquer ataque islamista, conforme publica ‘The Daily Mail’.
Trata-se de uma recomendação impactante para a opinião pública britânica, pois o fato de vigiar as igrejas é uma situação mais comum de países em guerra ou com um alto grau de perseguição religiosa, como é o caso do Iraque ou da Síria.
Há alguns dias um sacerdote confessou que foi advertido para que não usasse o clesma nas ruas, pois há um certo temor que pudesse ser vítima de um ataque terrorista. Até esse ponto chegou o Reino Unido. Este mesmo pároco admitiu que inclusive as autoridades lhe aconselharam nunca ficar sozinho na igreja, embora assinalasse que contratar alguém para lhe ajudar a abrir a igreja a cada dia seria muito caro.
De Bolton a Birmingham
O Ministério do Interior já anunciou que financiará com 2,4 milhões de libras o reforço da segurança nas igrejas.
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O rascunho do documento publicado pela National Churchwatch – uma entidade que é responsável de preservar o patrimônio da Igreja no Reino Unido – assinala que as paróquias devem se assegurar de que as portas possam ser atarraxadas e que os fiéis saibam o que fazer caso encontrem algo suspeito.
Deste modo, Tolson assinala que o objetivo do guarda na porta da igreja seria obstaculizar que qualquer delinquente entre na igreja, de modo que a polícia possa chegar a tempo. “O risco ainda é muito baixo, mas precisamos prever o que faremos. O ataque não será na Abadia de Westminster ou na catedral de São Paulo, mas em uma pequena igreja de Bolton ou de Birmingham”.
Publicado originalmente em Actuall.
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— ACI Digital (@acidigital) 4 de agosto de 2016