O Paquistão sofreu dois ataques durante esta sexta-feira que matou ao menos 5 e 13 pessoas, respectivamente. Os atentados foram reivindicados pelo grupo Jamaat-ul-Ahrar, que faz parte dos chamados talibãs paquistaneses, cujos principais alvos são os cristãos e advogados, aos quais já atacaram neste ano.

O primeiro ataque ocorreu em uma colônia cristão em Warsak Dam, perto de Peshawar. De acordo com o oficial responsável da polícia local, quatro suicidas entraram na colônia e um deles se dirigiu a uma igreja que estava vazia no momento.

Além de levar bombas, os invasores também estavam equipados com armas e munições.

No controle do ataque pelas forças de segurança, houve um tiroteio no qual os quatro agressores foram mortos e ao menos um cristão também morreu, segundo informaram fontes da polícia e do exército. Não se descarta que o número de falecidos aumente.

Fontes do Exército declararam que o ataque à colônia cristã foi controlado rapidamente e estão procurando possíveis cúmplices.

A rápida resposta de guardas civis locais e forças de segurança impediram mais vítimas mortais, apontaram.

A segurança nos bairros, escolas e hospitais cristãos foi reforçada.

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Poucas horas depois, ao menos 13 pessoas morreram e mais de 53 ficaram feridas em outro ataque suicida contra um tribunal distrital na cidade de Mardan, no noroeste do Paquistão.

Segundo confirmou o porta-voz do governo, Mushtaq Ghani, dois advogados, dois policiais, bem como três pedestres faleceram por causa da explosão causada por um suicida que primeiro jogou uma granada e depois se explodiu na entrada principal do tribunal.

O grupo Jamaat-ul-Ahrar, conhecido por seus ataques sangrentos contra alvos frágeis, assumiu a responsabilidade por ambos os atentados.

“Se a lei islâmica não se impõe no país, continuará tendo ataques como estes”, assinala o grupo terrorista.

Jamaat-ul-Ahrar foi o responsável pelo ataque contra os cristãos no domingo de Páscoa na cidade de Lahore, onde 69 pessoas morreram. Também reivindicou a responsabilidade pelo ataque a um hospital na cidade de Quetta, no mês passado, no qual mataram 72 pessoas, muitos deles advogados.

Os cristãos no Paquistão representam apenas 2% da população.

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