VATICANO, 13 de set de 2016 às 11:15
Durante a Missa matutina celebrada nesta terça-feira, 13, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco exortou a trabalhar para construir uma cultura do encontro e a não sermos indiferentes ante os sofrimentos do próximo.
O Papa assinalou que normalmente observa como “as pessoas se cruzam na rua, mas não se encontram”. Cada um “pensa em si mesmo, olha, mas não vê, ouve, mas não escuta”.
“Estamos acostumados com a cultura da indiferença e temos que trabalhar e pedir a graça de fazer a cultura do encontro, do encontro fecundo que restitui a todas as pessoas a própria dignidade de filhos de Deus”.
O Pontífice explicou: “Nós estamos acostumados com esta indiferença, quando vemos as calamidades deste mundo ou as pequenas coisas: ‘Mas que pena, pobres pessoas, como sofrem”, e ir adiante”.
Nesse sentido, o Santo Padre manifestou que “não é suficiente ver, mas olhar – se eu não paro, não olho, não toco, se não falo, não posso fazer um encontro e nem ajudar a fazer a cultura do encontro”.
Esta é a mensagem de hoje: “o encontro de Jesus com o seu povo” e que “todos somos carentes da Palavra de Jesus”, disse na homilia.
“À mesa, em família, quantas vezes se come, se vê TV ou se escreve mensagens no celular. Todos são indiferentes a este encontro. Até no núcleo da sociedade, que é a família, não existe encontro”.
Em seguida, Francisco pediu: “Que isto nos ajude a trabalhar por esta cultura do encontro, tão simplesmente como o fez Jesus. Não olhar apenas, mas ver; não ouvir apenas, mas escutar; não só cruzar com os outros, mas parar. Não dizer apenas ‘que pena, pobres pessoas’, mas deixar-se levar pela compaixão. E depois, aproximar-se, tocar e dizer do modo mais espontâneo no momento, na linguagem do coração: ‘Não chore. E dar pelo menos uma gota de vida”.
O Santo Padre falou acerca do encontro de Deus com o seu povo e comentou o Evangelho no qual Jesus ressuscita um morto. “O encontro é outra coisa, é aquilo que o Evangelho hoje nos anuncia: um encontro; um encontro entre um homem e uma mulher, entre um filho único vivo e um filho único morto; entre uma multidão feliz, porque encontrou Jesus e o segue, e um grupo de pessoas, chorando, que acompanha aquela mulher, que saía de uma porta da cidade; encontro entre aquela porta de saída e a porta de entrada. Um encontro que nos faz refletir sobre o modo de nos encontrar entre nós”.
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Ao finalizar, Francisco indicou que na passagem do Evangelho de hoje vemos “a fecundidade de um encontro”. “Todo encontro é fecundo. Todo encontro restitui as pessoas e as coisas no seu lugar”.
Evangelho comentado pelo Papa:
Lucas 7,11-17
E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o que fora defunto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.
E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha.
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— ACI Digital (@acidigital) 12 de setembro de 2016