Tim Kaine, católico e candidato do Partido Democrata à vice-presidência dos Estados Unidos, disse recentemente que acredita que a Igreja eventualmente mudará sua posição sobre o casamento gay.

Segundo informações da Associated Press, Kaine, que está se candidatando junto com Hillary Clinton, disse no dia 10 de setembro: “Acredito que isso deve mudar, porque minha igreja também me ensina sobre um criador que, no primeiro capítulo do Gênesis, viu todo o mundo, incluindo a humanidade, e disse ‘que era muito bom”.

Suas declarações foram feitas durante o discurso principal no jantar nacional da Human Rights Campaign, um influente grupo de ativismo LGTBQ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e ‘queer’) em Washington D.C.

Kaine citou a frase do Papa Francisco “quem sou eu para julgar? ”, e logo disse: “quero acrescentar: quem sou eu para desafiar a Deus pela belíssima diversidade da família humana? Acredito que devemos celebrá-la e não desafiá-la”.

Quando Human Rights Campaign anunciou que Kaine daria o discurso principal em seu jantar nacional, o presidente do grupo disse: “como parte da fórmula presidencial mais pró-igualdade na história americana, Tim Kaine ajudará a assegurar outros quatro anos de progressos sem precedente para a igualdade LGBTQ neste país e no mundo inteiro”.

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Kaine participa da paróquia St. Elizabeth, na Diocese de Richmond, localizada no estado da Virginia, mas causou controvérsia devido às suas posições na política. Enquanto disse que pessoalmente se opõe ao aborto, recebeu apoio da Planned Parenthood Action Fund, o braço político da maior organização abortista dos Estados Unidos, a Planned Parenthood Federation of America, acusada de traficar órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.

Além disso, Kaine obteve uma qualificação perfeita em 2015, por parte da organização pró-aborto NARAL Pro-Choice America, o que significa que, no entendimento desta associação, ele é o candidato  certo para as eleições de novembro. Votos que iriam para sua chapa junto a Hillary Clinton, outra promotora do aborto e dos supostos “direitos femininos” nos Estados Unidos e outros países.

Recentemente, circulou a informação de que o candidato à vice-presidência disse em privado a Hillary Clinton que apoiaria a anulação da emenda Hyde, uma política de 40 anos que busca evitar que os recursos públicos sejam destinados diretamente ao financiamento de abortos nos EUA.

A única vez que o candidato, que é senador pela Virginia, votou a favor da vida foi antes da viagem do Papa Francisco aos Estados Unidos, em setembro de 2015. Kaine votou contra uma proibição de abortos de bebês a partir da 20ª semana de gestação em uma sessão do senado americano.

Como governador da Virginia, Kaine pessoalmente se opôs à pena de morte, mas durante sua gestão foram realizadas 11 execuções e apenas uma pena de morte comutada a outra penalidade.