VATICANO, 14 de set de 2016 às 11:15
Na manhã desta quarta-feira, foi celebrada uma Missa pelo Pe. Jacques Hamel, sacerdote francês assassinado no último dia 26 de julho por dois jovens jihadistas enquanto celebrava a eucaristia. Durante a homilia, o Papa Francisco afirmou que o presbítero é um santo porque morreu mártir, e expressou firmemente que “matar em nome de Deus é satânico! ”.
O #PapaFrancisco celebrou uma Missa pelo Pe. Jacques Hamel, assassinado pelos jihadistas https://t.co/UD5h11NPKN pic.twitter.com/MZfyDhdnot
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O sacerdote “faz parte desta corrente de mártires”. “Hoje há cristãos perseguidos por que não renegam a Cristo e a crueldade desta perseguição é satânica”.
“Que bom seria que todas as confissões religiosas dissessem: ‘Matar em nome de Deus é satânico’! ”, acrescentou.
Estiveram presentes durante a Missa a irmã do sacerdote, assim como um grupo de 80 fiéis da diocese de Rouen – onde o sacerdote servia - junto com o seu bispo, Dom Dominique Lebrun. Foi uma celebração emotiva, na qual o Papa pediu para colocar uma fotografia do sacerdote assassinado no altar.
“Na cruz de Jesus Cristo –hoje a Igreja celebra a festa da Cruz– compreendemos plenamente o mistério de Cristo, este mistério de aniquilação, de proximidade a nós”, disse Francisco na homilia.
Participaram da Missa a irmã do Pe. Jacques e fiéis da diocese de Rouen com o seu bispo. https://t.co/UD5h11NPKN pic.twitter.com/hM8iTmZdAv
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O Pontífice explicou: “Este é o mistério de Cristo. Jesus Cristo é o primeiro mártir, o primeiro que dá a vida por nós, e deste mistério de Cristo começa toda a história do martírio cristão, desde os primeiros séculos até hoje. Os primeiros cristãos recebiam a proposta da apostasia, isto é: “Digam que o nosso deus é o verdadeiro. Façam um sacrifício ao nosso deus ou aos nossos deuses”, e se rejeitavam a apostasia, eram assassinados”.
“Esta história se repete até hoje na Igreja e hoje na Igreja há mais mártires cristãos do que nos primeiros tempos. Hoje há cristãos assassinados, torturados, encarcerados, degolados porque não renegam Jesus Cristo”.
O Sacerdote "faz parte desta corrente de mártires" que sofrem hoje porque não negam a Cristo https://t.co/UD5h11NPKN pic.twitter.com/p2cj4RGgV1
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O Pe. Jacques Hamel “foi degolado na Cruz, justamente enquanto celebrava o sacrifício da Cruz de Cristo. “Homem bom, manso, de fraternidade, que sempre buscava fazer a paz, foi assassinado como se fosse um criminoso. Mas há algo, neste homem, que aceitou o seu martírio no altar, algo que me faz pensar muito: em meio ao momento difícil que vivia, em meio a esta tragédia que ele via se aproximar, um homem manso, um homem bom, um homem que fazia fraternidade, não perdeu a lucidez de acusar e dizer claramente o nome do assassino. E disse claramente: ‘Vai embora, Satanás! ’. Deu a vida por nós, deu a vida para não renegar Jesus. Deu a vida no mesmo sacrifício de Jesus no altar e dali acusou o autor da perseguição: ‘Vai embora, Satanás! ’”.
“Que esse exemplo de coragem, mas também de martírio da própria vida, de esvaziar a si mesmo para ajudar os outros, de fazer fraternidade entre os homens, ajude todos nós a ir avante sem medo. Ele do Céu, porque devemos rezar para ele? É um mártir! E os mártires são beatos – devemos rezar para ele, que nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz e também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico”.
Confira também:
Papa Francisco assegura que o Pe. Jacques Hamel era um “santo sacerdote” https://t.co/yWxXCIZ371
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