O Arcebispo de Pamplona-Tudela (Espanha), Dom Francisco Pérez, explica em uma recente carta pastoral o quanto é importante que a Europa recorde as suas raízes cristãs, alertando sobre a ideologia de gênero que se expande pelo continente, qualificando-a como caminho de “autodestruição”.

Dom Fernández explica em sua carta as consequências negativas de “centralizar tudo em uma sociedade de bem-estar material”, e entre elas destaca “a ideologia subjacente que pretende marginalizar e eliminar a Deus” e o fato de que a ideologia de gênero tenha “transtornado e deslocado a pessoa da sua própria identidade”.

Desta maneira, “desvaloriza-se tanto a pessoa que se converte em um puro objeto” para “os desejos de cada um”. Segundo esta filosofia “o sexo já não é um dado originário da natureza, que o ser humano deve aceitar e encher pessoalmente de sentido, e sim um papel social sobre o qual se decide autonomamente, quando antes era a sociedade que decidia. A falácia profunda desta teoria e da revolução antropológica que subjaze nela é evidente”.

Uma ideologia que “desnaturaliza e paralisa a família” se tornará, nas palavras do prelado, “um caminho de autodestruição se continuar sendo animada e potencializada”.

“A unidade europeia -recorda- não se pode construir só com a economia; a Europa tem necessidade de uma alma, da alma cristã”.

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Por isso, exorta a todos os que vivem no continente a “não se complexar por seguir identificando-se com o aquilo que são. Descobrir suas próprias origens e avivar suas raízes é um fruto da sabedoria”.

“Na luta pela família está em jogo o homem mesmo. E se faz evidente que, quando se nega Deus, dissolve-se a dignidade do homem”. “Quem defende Deus, defende o homem”, sublinha.

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