Durante uma reflexão sobre a exortação apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco, Dom Thomas Olmsted, Bispo de Phoenix (Estados Unidos), assegurou que, na “viagem para a plena maturidade em Cristo”, a Igreja Católica “acompanha as pessoas que estão casadas e assiste na tarefa permanente de formação da consciência”.

Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, disse o Prelado, a educação da consciência “garante a liberdade e gera a paz do coração”.

Em uma mensagem intitulada “A formação da consciência gera a liberdade”, Dom Olmsted recordou que o Santo Padre, na Amoris Laetitia, indica que o amor conjugal “avança gradualmente com a progressiva integração dos dons de Deus”.

O Bispo americano indicou que “são necessários dois dons de Deus nesta tarefa permanente de formação da consciência: a Palavra de Deus e o ensinamento autorizado da Igreja”.

“Por uma boa razão, então, o Papa Francisco afirma tanto isto como a base principal para seu documento”, pois, “literalmente e organicamente, coloca no centro da sua exortação estes dons de Deus: as Sagradas Escrituras e o ensinamento do Magistério da Igreja”.

Dom Olmsted assinalou que “para ajudar as pessoas casadas na viagem ao amor maduro em Cristo, a Igreja ‘pede para eles a graça da conversão’ e os encoraja a confiar que o perdão está sempre ao seu alcance”.

“Ao longo de toda a exortação e do seu pontificado, o Santo Padre foi às grandes longitudes para mostrar que o Plano de Deus para o matrimônio e para a família é verdadeiramente bom e que é possível, com a graça de Deus, conhecer seu plano, aceitar na fé e viver com alegria e aprofundar sempre em amor”.

Em seguida, o Prelado destacou que o Papa Francisco, “como um bom pastor”, foca a sua atenção especialmente “naqueles que caminham à beira do desespero, devido aos fracassos pessoais e problemas que sofreram em suas famílias e situações complexas e contraditórias pelas quais estão passando nesse momento”.

O Pontífice, disse o Bispo norte-americano, pede um acompanhamento pastoral “mais profundo destas famílias que estão sofrendo, garantindo que são bem-vindas na família da Igreja e que estamos dispostos a procurar a forma de integrá-las mais plenamente em nossas comunidades locais”.

Isto não quer dizer, ressaltou, que estas pessoas católicas “foram excomungadas da Igreja”.

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“Deve-se exortá-las a rezar, participar da Missa e retificar a situação na comunicação com seu pároco, que continua sendo seu pastor, apesar do caso do pecado objetivo”, disse e sublinhou que “o acompanhamento é possível e deve ser o caso em nossas paróquias”.

“Entretanto, isto não inclui que os divorciados em nova união possam receber a Santa Comunhão”, indicou.

Dom Olmsted destacou que “ao longo da exortação Amoris Laetitia vemos uma continuidade com o Magistério da Igreja, sobretudo com o Beato Paulo VI, São João Paulo II e o Papa Emérito Bento XVI, que reafirmam a tradição constante da Igreja”.

O Prelado norte-americano assinalou que, “com sabedoria, o Catecismo ensina que ‘é necessário… que examinemos nossa consciência, confrontando-nos com a Cruz do Senhor... Somos assistidos pelos dons do Espírito Santo’”.

“Sem abraçar a Cruz de Cristo, não podemos ter vida nele”, disse Dom Olmsted, pois “somente quando ‘tomamos nossa cruz cada dia’ e o seguimos é que podemos ser seus discípulos”.

“O Senhor nos dá o mandamento e também a graça para isso, cada dia, começando dentro da família na qual vivemos pela graça de Deus”, concluiu.

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