REDAÇÃO CENTRAL, 29 de set de 2016 às 18:00
A nova série de televisão, o Exorcista, baseado na série de filmes de terror do mesmo nome da década de 70, estreou na rede de TV FOX na última sexta-feira e provocou uma nova onda de fascinação pelo sobrenatural.
Em um artigo intitulado “O latim continua sendo a melhor linguagem para a Luta contra Satanás" para a página de cultura pop, Vice, o escritor Lance Higdon citou um comentário do exorcista da Diocese de São José (Estados Unidos), Pe. Gary Thomas – tirado de uma palestra dele em fevereiro–, na qual afirmou que “o diabo odeia o latim, porque é a linguagem universal da Igreja".
Até 2014, a tradução do rito do exorcismo ao inglês não havia sido aprovada pela Igreja. Quando perguntaram ao Pe. Thomas qual era o motivo, disse que, em sua experiência e depois de haver conversado com outros exorcistas, que embora o Vaticano aprovasse as traduções de rito em vários idiomas, “o latim parece ser mais eficaz”.
Entretanto, assegurou que o fato de que um exorcista seja um homem de Deus é, na verdade, muito mais importante do que a língua utilizada durante o rito.
"Muitas pessoas dizem que o latim é a língua mais poderosa para exorcismos. Eu acredito que o mais importante é que o exorcista seja um homem de Deus; essa é a arma mais eficaz".
Por outro lado, o Pe. Vicente Lampert, um exorcista do Vaticano que atualmente está na Arquidiocese de Indianápolis, disse que a nova série da FOX sobre exorcismos poderia trazer alguns benefícios, assim como possíveis perigos ao mostrar aquilo que está relacionado a algo demoníaco.
"Se assistir estes tipos de programas ajudam as pessoas a entender a realidade do mal, então há um benefício. O perigo seria que alguma pessoa ficasse indevidamente fascinada pelo mal", sublinhou o sacerdote.
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Segundo o Ritual Romano, atualizado em 1999, para que um sacerdote exorcista possa realizar o rito do exorcismo, primeiro deve saber se a pessoa que parece estar possuída sofre de alguma doença mental. Se ainda precisarem deste rito, deve-se procurar um sacerdote da diocese que seja ordenado pelo bispo.
A Associação Internacional de Exorcistas (AIE) também se reúne anualmente em Roma para discutir sobre a possessão demoníaca das perspectivas teológicas e científicas. Recentemente, um porta-voz da AIE disse ao Grupo ACI que o aumento da atividade oculta e demoníaca se converteu em uma "emergência pastoral".
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Quem pode fazer exorcismos na Igreja Católica? https://t.co/YdmauB6hAx
— ACI Digital (@acidigital) 16 de setembro de 2016