O Papa Francisco se reuniu nesta quarta-feira com os participantes do primeiro Encontro Mundial “Esporte e Fé”, realizado na Sala Paulo VI, no Vaticano, e os convidou a ser leais e a lutar contra a corrupção.

Deste modo, o Santo Padre pediu para “manter a pureza do esporte, protegê-lo das manipulações e da exploração comercial”. “Seria triste para o esporte e para a humanidade, se as pessoas não conseguissem mais confiar na verdade dos resultados esportivos, ou se o cinismo e o desencanto prevalecessem sobre o entusiasmo e a participação alegre e desprendida”.

“No esporte, como na vida, é importante lutar pelo resultado, mas jogar bem e com lealdade é ainda mais importante!”, exclamou.

O Pontífice agradeceu também que estas associações enfrentem alguns desafios e disse que “está em andamento uma campanha promovida pelas Nações Unidas contra o câncer da corrupção em todos os âmbitos da sociedade”.

“Quando as pessoas lutam para criar uma sociedade mais justa e transparente, colaboram com a obra de Deus”, acrescentou.

Neste encontro também estiveram presentes o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.

“O esporte é uma atividade humana de grande valor, capaz de enriquecer a vida das pessoas, do qual podem fruir e alegrar homens e mulheres de várias nações, etnias e pertença religiosa”, assegurou em seu discurso.

Ao recordar que apenas há algumas semanas aconteceram os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos, o Papa falou dos atletas, os quais nos mostram como “dar o máximo de suas capacidades” e assim “o esporte nos entusiasma, nos causa admiração e nos faz sentir orgulhosos”.

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“Existe uma grande beleza na harmonia de certos movimentos, como também na força ou no jogo de equipe”, assinalou.

Francisco recordou que uma característica importante do esporte é o fato de que não é uma atividade reservada a grandes atletas; “existe também o esporte amador, recreativo, não finalizado a competir e que permite a todas as pessoas melhorar a saúde e o bem-estar, a aprender a trabalhar em equipe, a saber vencer e também perder”.

O Santo Padre também fez referência à importância de que as associações esportivas acolham as pessoas com deficiência e as ajudem. “Penso em muitos meninos e meninos que vivem à margem da sociedade”, disse.

“Conhecemos o entusiasmo das crianças que brincam com uma bola vazia ou feita de trapos nos subúrbios de algumas grandes cidades ou nas ruas de pequenos povoados”.

“Quero encorajar todos – instituições, sociedades esportivas, realidades educativas e sociais, comunidades religiosas – a trabalhar juntos a fim de que estas crianças possam ter acesso ao esporte em condições dignas, especialmente as que foram excluídas por causa da pobreza”.

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