Milhares de pessoas participaram na manhã deste domingo da Santa Missa por ocasião do Jubileu Mariano, que durante três dias foi celebrado em Roma. Em sua homilia, o Papa Francisco convidou a agradecer a Deus pelos dons recebidos e afirmou que “para saber agradecer, é preciso também a humildade”.

Francisco comentou as leituras do dia e sobretudo o Evangelho, no qual se vê como Jesus realiza algumas curas e as pessoas curadas dão graças por ele.

“somos capazes de dizer obrigado? Quantas vezes dizemos obrigado em família, na comunidade, na Igreja? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, a quem está ao nosso lado, a quem nos acompanha na vida? Muitas vezes consideramos tudo como se nos fosse devido”, disse o Papa.

No relato está presentes também a figura do samaritano, “um estrangeiro que vive marginalizado do povo eleito, quase um pagão”. “Este homem não se contenta com ter obtido a cura através da sua própria fé, mas faz com que tal cura atinja a sua plenitude voltando atrás para expressar a sua gratidão pelo dom recebido, reconhecendo em Jesus o verdadeiro Sacerdote que, depois de tê-lo erguido e salvado, pode fazê-lo caminhar acolhendo-o entre os seus discípulos”.

O Pontífice explicou que muitas vezes “é fácil ir ter com o Senhor para Lhe pedir qualquer coisa, mas voltar para Lhe agradecer...”. Por isso, “Jornada Jubilar, é-nos proposto um modelo – antes, o modelo – a contemplar: Maria, a nossa Mãe”.

“O coração de Maria, mais do que qualquer outro, é um coração humilde e capaz de acolher os dons de Deus. E, para Se fazer homem, Deus escolheu-A precisamente a Ela, uma jovem simples de Nazaré, que não vivia nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários”.

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“Interroguemo-nos – far-nos-á bem – se estamos dispostos a receber os dons de Deus ou preferimos antes fechar-nos nas seguranças materiais, nas seguranças intelectuais, nas seguranças dos nossos projetos”.

Por fim, o Santo Padre acrescentou que “quem vive a nosso lado, talvez desprezado e marginalizado porque estrangeiro, pode-nos ensinar como trilhar o caminho que o Senhor quer”.

“Também a Mãe de Deus, juntamente com o esposo José, experimentou a separação da sua terra. Por muito tempo, também Ela foi estrangeira no Egito, vivendo longe de parentes e amigos. Mas a sua fé soube vencer as dificuldades. Conservemos intimamente esta fé simples da Santíssima Mãe de Deus; peçamos-Lhe a graça de saber voltar sempre a Jesus e dizer-Lhe o nosso obrigado pelos inúmeros benefícios da sua misericórdia”, concluiu.

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