ROMA, 10 de out de 2016 às 20:00
Nesta semana, as crianças em mais de 2.000 escolas na Síria participam da confecção de desenhos sobre a paz e mensagens dirigidas aos responsáveis políticos da União Europeia e das Nações Unidas sob o lema “Paz para as crianças da Síria”. Além disso, mais de um milhão de crianças assinaram um pedido.
Este chamado à paz é uma campanha conjunta de cristãos católicos e ortodoxos na Síria, a qual todas as comunidades religiosas estão chamadas a participar.
Crianças de todas as denominações cristãs em Damasco, Homs, Yabroud, Alepo, Marmarita e Tartus fixaram o dia 7 de outubro como um dia de ação conjunta pela paz, para expressar seu desejo de paz através de canções, danças, peças de teatro, orações e outras atividades. Em Aleppo, algumas crianças também compartilharam suas experiências pessoais.
A Irmã Annie Demerjian, uma das organizadoras locais do evento, assinalou que “quando uma criança fala sobre a perda de seu pai, por exemplo, rezaremos por todas as crianças que perderam os pais ou irmãos”.
A cerimônia principal aconteceu em Damasco e contou com a presença de grupos de 50 a 70 crianças de cada um dos maiores centros da Síria.
As crianças sírias em idade escolar – entre elas muitas são muçulmanas – estão escrevendo mensagens para a comunidade global em balões brancos. Entre as mensagens estão: “Queremos paz!”, “Nos devolva nossa infância!”, “Não queremos mais guerra” e “Nós queremos ir à escola”.
Milhares de crianças foram mortas durante a guerra na Síria. Segundo dados do Oxford Research Group, mais de 11.500 crianças morreram somente nos dois primeiros anos do conflito.
A metade dos 11,4 milhões de sírios refugiados – internamente ou fora do país – são menores de idade. Mais de 2,1 milhões de crianças sírias não podem ir à escola por causa da guerra e muitas delas sofreram graves traumas.
As crianças são as vítimas mais frequentes dos efeitos diretos da guerra, dos abusos, das torturas e da exploração sexual.
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A campanha pela paz é uma iniciativa da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), que desde o início do conflito em março de 2011, tem apoiado ativamente as vítimas da guerra, provendo ajuda financeira, em especial para as famílias que perderam suas casas, forçadas a fugir para dentro do próprio país ou para o exterior.
O apoio dado pela ACN prioriza necessidades imediatas para a sobrevivência, em especial das crianças e dos bebês.
Uma parte da ajuda financeira é usado para prover acomodações para as famílias com muitas crianças, para fornecer alimentação e remédio essenciais, como também leite especial para recém-nascidos, fraldas, agasalhos, combustível e eletricidade.
A ajuda também está destinada a garantir o direito das crianças frequentarem a escola e é dada diretamente para as famílias necessitadas, independente da sua religião, através dos bispos católicos e estruturas da Igreja local.
Desde 2011, foram entregues 15 milhões de dólares em subvenções para diversos projetos na Síria.
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— ACI Digital (@acidigital) 7 de julho de 2016