As 21 meninas que foram libertadas na última quinta-feira, 13, pelo grupo terrorista muçulmano Boko Haram, participaram neste domingo de uma Missa e uma cerimônia de reencontro com seus familiares em Abuja, capital da Nigéria, depois de terem sido sequestradas por mais de dois anos. No reencontro uma delas pediu orações pelas menores que continuam sequestradas.

 

Gloria Dame é uma das meninas do grupo das 276 estudantes de uma escola de Chibok – um povoado de maioria cristã localizado ao nordeste da Nigéria – sequestradas em abril de 2014 por terroristas do Boko Haram, aliados do Estado Islâmico (ISIS). Um grupo de 57 conseguiu escapar e restaram pouco mais de 200 meninas.

Gloria contou que ficaram sem comida durante um mês e dez dias e que inclusive escaparam de um bombardeio na região onde estavam detidas. “Nunca pensamos que chegaria este momento, mas Deus o tornou possível. Peço a todos que rezemos pela libertação segura das que ainda estão lá”, manifestou a menina.

O ex-presidente da Nigéria, General Ibrahim Babangida, disse ao jornal nigeriano ‘Vanguard’ que o governo, as forças de segurança e outras entidades negociarão para libertar as outras meninas e que oferecerão tratamento psicológico para ajudá-las a superar os traumas de dois anos e meio de cativeiro.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Desde que foram libertadas na quinta-feira passada – graças às negociações entre o Boko Haram e o governo nigeriano, ajudadas pela Cruz Vermelha e o governo suíço – as adolescentes estiveram sob custódia dos serviços de segurança do estado da Nigéria e recebem assistência médica.

O Boko Haram, cujo nome significa “a educação ocidental é pecado”, desde 2009 realizou atentados que deixaram milhares de vítimas mortais no país, sequestrou milhares de pessoas e obrigaram 2,6 milhões de pessoas a fugir do norte da Nigéria.

No começo deste ano, o Arcebispo de Abuja (Nigéria), Cardeal John Onaiyekan, assinalou que com o Boko Haram “estamos falando do demônio, porque é algo diabólico”.

Confira também: