O recente debate presidencial entre a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, e seu adversário do Partido Republicano, Donald Trump, teve entre um de seus temas o aborto. As declarações de ambos os postulantes geraram forte controvérsia nas redes sociais, especialmente pela possibilidade de acabar com a vida do bebê no ventre até os 9 meses de gestação.

“De acordo com o que Hillary está dizendo, no nono mês, o bebê poderá ser retirado do ventre da mãe até antes do seu nascimento. Agora, podem dizer que isso está bem, e Hillary pode dizer que isso está bem, mas para mim isso não está bem”, disse Trump ao confrontar Clinton sobre o tema.

A ex-secretária de Estado de Barack Obama, por sua vez, disse que defenderá a Planned Parenthood, acusada de traficar órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações e de ocultar violações sexuais de menores.

Clinton, que admitiu ter votado contra uma proibição de abortos tardios e de nascimento parcial, assegurou ainda que defenderá a sentença da Suprema Corte no caso Roe vs. Wade, que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973.

Muitas pessoas se questionaram através das redes sociais se na verdade praticam abortos até os 9 meses de gestação. Graças à informação da plataforma pró-vida americana ‘Live Action’, compilamos 4 coisas importantes sobre esta questão:

1. Abortar até o momento do parto é legal nos Estados Unidos

Segundo ‘Live Action’, “este acontecimento básico confunde muitas pessoas, entretanto, abortistas e ex-donos de clínicas, entre outros, admitem que ‘bebês saudáveis aos sete, oito e nove meses de gestação’ são abortados nos Estados Unidos”.

Citando números do instituto Guttmatcher, que há alguns anos era o braço estatístico da Planned Parenthood, ‘Live Action’ assinalou que “sete estados não têm restrição de idade para abortos. Os abortos podem, literalmente, ser praticados até o momento do nascimento, inclusive no último dia, nestes estados”.

“E os outros 43 estados que restringem o aborto ainda têm exceções para casos de violação, deficiência da criança ou problemas de saúde da mãe”, assinalou a organização pró-vida.

2. A maioria dos defensores do aborto rechaça esta prática após o primeiro trimestre

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Uma pesquisa realizada pelos Cavaleiros de Colombo e o instituto Marista em janeiro deste ano revelou que aproximadamente 8 de cada 10 (78%) americanos “apoiam restrições substanciais ao aborto” e o limitariam “como muito, aos primeiros três meses de gestação”.

Este número, revelou a pesquisa, inclui 62% de pessoas que se identificam ‘pro-choice’ (pró-aborto).

3. Mais de 1.000 peritos asseguram que o aborto não é medicamente necessário para a saúde da mãe

Os mais de 1.000 assinantes da Declaração de Berlim, inclusive médicos ginecologistas, obstetras e enfermeiras, asseguram que “o aborto direto – a destruição deliberada do nascituro – não é medicamente necessário para salvar a vida de uma mulher”.

4. Os abortos por nascimento parcial ainda são praticados legalmente em 31 estados

O que é um aborto por nascimento parcial? Segundo a lei federal americana, que proíbe a maioria destes casos, é “um aborto no qual a pessoa que o pratica ‘deliberada e intencionalmente tem pela vagina um feto vivo até que, no caso da apresentação da cabeça primeiro, toda a cabeça fetal está fora do corpo da mãe, ou, no caso de apresentação das nádegas, qualquer parte do tronco depois do umbigo está fora do corpo da mãe, com o propósito de realizar um ato hostil através do qual a pessoa sabe que matará o feto vivo parcialmente nascido”.

Entretanto, adverte ‘Live Action’, embora a lei federal proíba a maioria de abortos de nascimento parcial, “só 19 estados proibiram realmente o procedimento”, enquanto nos outros 31 estados “poderiam, surpreendentemente, ainda ser realizados”.

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