Um dos bispos da França que recentemente foram ordenados é Dom Didier Berthet, que contou como se converteu do calvinismo à Igreja Católica graças a São João Paulo II, depois da sua visita apostólica ao país europeu em 1980. Esta é a sua história.

Em uma entrevista concedida à Conferência Episcopal da França durante a assembleia plenária dos bispos desse país em Lourdes, Dom Berthet indicou que, embora tenha sido batizado e formado na Igreja calvinista, durante sua adolescência frequentou um colégio católico.

Quando chegou à juventude, os pastores calvinistas queriam que se tornasse um deles, mas ele estava em meio a um questionamento sobre o que exatamente era a Igreja.

“Eu era da Igreja francesa de tradição calvinista, mas pouco a pouco havia entrado em contato com a Igreja Católica. Assim, tentava compreendê-la”, comentou.

Durante a visita apostólica de João Paulo II à França em 1980, participou do encontro com os jovens. “Foi uma ocasião de duplo impacto. Vi verdadeiramente o mistério da Igreja e o Papa como sucessor de Pedro. A figura do Papa foi a garantia de uma Igreja que tem origens e de uma Igreja universal”.

A segunda coisa que o impactou “foi a personalidade radiante de João Paulo II, sacerdote, bispo. Ele me impulsionou a entrar na Igreja Católica e tornar-me sacerdote”.

No início dos anos 1980, converteu-se ao catolicismo, aos 20 anos, enquanto estudava no Instituto de Estudos Políticos de Paris: “Em uma celebração, fiz a minha profissão de fé, a minha crisma e fui admitido oficialmente à Eucaristia”.

Foi ordenado sacerdote no dia 27 de junho de 1992, aos 30 anos. O Prelado indicou que ser sacerdote não é o mesmo que ser um pastor. “O sacerdote é chamado a entregar toda a sua vida através do celibato para se consagrar plenamente à sua missão sacerdotal e apostólica”.

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Depois de aproximadamente 24 anos de serviço sacerdotal, o Papa Francisco o nomeou Bispo de Saint-Dié no dia 15 de junho e recebeu a ordenação episcopal em 4 de setembro.

O desafio das vocações sacerdotais

O Prelado disse que em sua diocese há “uma pobreza radical de vocações sacerdotais e religiosas”, pois a última ordenação aconteceu há 13 anos. Entretanto, esta realidade não o desanima, mas é um motivo para “suscitar o chamado, retransmiti-lo e comunicá-lo aos jovens. Ninguém imagina de quantos sacerdotes necessitamos”.

“A minha própria experiência – e a dos outros – é que a vida do sacerdote é apaixonante e está cheia de sentido. É um privilégio, se é visto a partir da fé: ser chamado por Jesus e pela Igreja a ser sacerdote, a representar – a torná-lo presente – o que conduz a Igreja e a santifica pelos sacramentos”, expressou o Bispo.

Dom Berther manifestou que seu desejo é que “certo número de jovens possam responder a este chamado com confiança”.

O Bispo de Saint-Dié comentou ainda que nos últimos anos tem acompanhado vários grupos de jovens sacerdotes e que viu neles “homens contentes que, não sem dificuldades, carregam a Cruz que está inserida na vida de cada cristão. Esta é a sua vocação”.

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